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Custo alto desestimula construção de abrigos contra tornados nos EUA

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O site da Prefeitura de Moore, em Oklahoma, recomenda “que cada residência contenha um abrigo ou um espaço subterrâneo”. Também diz que abrigos abaixo do solo são a melhor opção para proteção contra tornados. Mas nenhuma lei local ou código de construção exige tais abrigos nas casas, escolas ou empresas, e apenas cerca de 10% das residências em Moore os possuem.

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Nem Oklahoma, um dos Estados localizados no cinturão do chamado caminho das tempestades, obriga que os espaços subterrâneos sejam obrigatórios – apesar da chegada anual de tornados mortíferos e destrutivos como o de 20 de maio , que deixou ao menos 24 mortos , centenas de feridos e destruiu bairros por completo.

É uma história familiar também em lugares como Joplin, Missouri, das Grandes Planícies e no extremo sul, onde os tornados são uma ameaça sazonal, mas a regulamentação governamental é falha.

Em 2011, um tornado arrasou grande parte de Joplin, deixando 160 mortos em um Estado que não possuía os requisitos dos abrigos contra tempestades. A prefeitura chegou a considerar a exigência da construção de abrigos em casas novas ou reconstruídas, mas decidiu que isso seria “um custo proibitivo”, pois as condições do solo tornam a construção de abrigos cara, disse o administrador municipal adjunto, Sam Anselm. Mesmo assim, ele estima que metade das casas que tinham sido reconstruídas incluíam abrigos subterrâneos. As escolas estavam sendo reconstruídas com quartos seguros, segundo ele.

Curtis McCarty, membro da Comissão da Uniformização dos Códigos de Construção em Oklahoma e também construtor, disse que o furacão de segunda-feira teria derrotado as tentativas de qualquer resistência acima do solo. “Não dá para construir uma estrutura que sofrerá um impacto direto de um furacão e que continuará inabalada”, disse.

O prefeito de Moore, Glenn Lewis, disse que, desde então, a prefeitura havia reforçado os códigos de construção, incluindo a exigência de que as novas casas incorporem travas antifuracão. A prefeitura também tem promovido a construção de ambientes seguros e outras medidas, com mais de US$ 12 milhões em fundos de gestão de emergências estaduais e federais para subsidiar a construção de um abrigo seguro, oferecendo um desconto de US$ 2 mil, disse Albert Ashwood, diretor do Departamento de Gerenciamento de Emergências de Oklahoma. Ainda assim, segundo ele, já faz tempo que Moore não recebe novo financiamento para o programa.

Cerca de um ano e meio atrás, McCarty, construtor, falou a um grupo de legisladores de Oklahoma que consideravam a obrigatoriedade dos abrigos para as novas casas, lembrou. Mas nenhuma legislação foi proposta, segundo ele, devido a crise econômica.

As casas em Oklahoma, segundo McCarty, são construídas geralmente sobre lajes sem porões ou espaços subterrâneos, pois a terra é plana e o clima é temperado o suficiente para que não seja necessário cavar uma fundação profunda – isso ocorre com as casas construídas no nordeste, onde as temperaturas regularmente chegam a abaixo de zero.

Anselm, o oficial em Joplin, disse que a prefeitura pediu ao Estado de Missouri para conseguir fundos de emergência para quartos seguros, mas que o Estado usou o dinheiro da Agência Federal de Gestão de Emergência, principalmente para o alívio de desastre de enchentes.(The New York Times)


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