Se o futebol espanhol pode se gabar de ter novamente batido o recorde mundial em compras de jogadores com a aquisição de Gareth Bale pelo Real Madrid, o Brasil foi quem riu por último na hora de fechar o caixa: de acordo com um levantamento do site de análise de transações Transfermarkt, o país registrou o maior lucro na recém-encerrada janela europeia. Puxado pela venda de Neymar para o Barcelona, o Brasil teve superávit de 185 milhões de euros, à frente da Holanda, com 111,3 milhões de euros.
A análise do Transfermarkt ratifica as conclusões de um grupo de estudos da Fifa, que já havia apontado o Brasil como o “melhor negociador” de 2012. Naquele estudo, porém, o Brasil tinha sido o terceiro país que mais lucrou com a venda de jogadores, enquanto na janela de verão da temporada 2013/14 ficou em oitavo lugar, uma posição também influenciada pelo fato de o período de transações no Brasil ter se encerrado há dois meses.
Além dos 56 milhões de euros pagos pelo Barcelona ao Santos por Neymar, houve transações substanciais com a venda de Bernard pelo Atlético-MG ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia (25 milhões de euros), e de Paulinho pelo Corinthians ao Tottenham (19 milhões de euros). Os santistas, naturalmente, foram quem mais arrecadou com vendas, posição reforçada pelas negociações dos santistas Felipe Anderson à Lazio (8,2 milhões de euros) e Rafael ao Napoli (5 milhões de euros).
Com gastos de apenas 20,4 milhões de euros, o Brasil ficou longe dos principais esbanjadores da janela. O topo da lista foi mais uma vez ocupado pela Inglaterra, com um recorde de 765 milhões de euros. A lista de gastos mostra um reaquecimento do mercado italiano, com a Série A despontando em segundo lugar, à frente mesmo da “nova rica” França de PSG e Mônaco.
A Espanha, terceira colocada, passou pela situação curiosa de ter registrado o maior êxodo, com vendas que ultrapassaram a marca de meio bilhão de euros – apenas o Sevilla arrecadou mais de 90 milhões de euros, mas o mesmo Real que tanto investiu em Bale também vendeu 114,5 milhões de euros, com destaque para a ida do alemão Özil para o Arsenal (Kaká foi para o Milan sem custos para o time italiano).
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