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Glória Maria em entrevista exclusiva para o Brazilian Press

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Jornalista se dedica as filhas e se destaca como a primeira reporter oficial do Globo Reporter

Por Juliana Guimarães

A jornalista Glória Maria já rodou o mundo em grandes coberturas e hoje aos 35 anos de carreira continua com grande destaque na televisão, como a primeira reporter oficial do Globo Reporter.

Quando não está viajando a trabalho a jornalista leva todos os dias as filhas no colégio. Acorda as cinco e meia da manhã, prepara o café, dá o banho, leva para escola,  volta para casa e começa a organizar as coisas ao longo do dia, é assim sua rotina.

Quando Glória está viajando a trabalho fala o tempo todo com suas filhas pelo skype e instalou câmeras em casa para sempre estar conectada as crianças.

“ Ou você é mãe de verdade ou não é, se for para terceirizar filho é melhor não ter”, diz Glória.

A jornalista começou da maneira mais simples do mundo. Glória estudava na época do ginásio e tinha uma amiga que estudava com ela e trabalhava de secretária da tv globo em 76, que lhe avisou sobre  uma vaga de estagiária. Como Glória gostava de escrever e era a campeã das redações de concurso de colégios no Estado do Rio de Janeiro aceitou.  A jornalista começou escrevendo para as notícias do rádio e logo depois já estava fazendo reportagem, mas na época ainda não aparecia no video, só depois de uns cinco anos que ela já estava trabalhando é que começou a aparecer, fazer a passagem no video.

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“ Longe de ser estrela nesta época, nem os apresentadores. Celebridade eram os atores de novela, cinema como Oscarito, Regina Duarte essas pessoas eram celebridades. Não é como hoje um bumbum exposto e você vira celebridade. Você tinha que ter carreira um trabalho, tinha que ter talento.Não é essa coisa de hoje, cinco minutos de fama. Nunca imaginei que ia longe nem perto. Comecei em uma época que a televisão estava crescendo e fui crescendo junto, não deu para sentir onde eu iria chegar, porque não se tinha noção de onde a televisão poderia ir, a televisão foi caminhando, foi crescendo, e eu fui crescendo junto com ela”, diz Glória.

A jornalista também foi a primeira mulher na televisão a cobrir uma guerra, a das Malvinas. “ Eu queria, achava que era um desafio. Achava que a mulher tinha que ir porque era uma coisa só de homem, mas me arrependi. Foi a primeira e única guerra, nem penso mais e nem quero mais, foi uma coisa muito dura. Fiquei um mês cobrindo a guerra, anunciei o final da guerra das malvinas. Foi uma experiência única, guerra nunca mais”, conta ela.

Em seu currículo, entrevistas históricas, como a com o presidente norte-americano Jimmy Carter, e com personalidades como Madonna. Depois de dez anos à frente do “Fantástico”, passou dois anos distante da Rede Globo para se dedicar a projetos pessoais. Voltou às telinhas em 2010 como repórter especial de “Globo Repórter”.

No cotidiano Glória é uma pessoa muito simples, adora curtir o dia e sua vida social hoje está mais parada, ela seleciona mais os eventos para ficar mais perto das filhas. Porém, sua fama e competência profissional faz com que Glória seja reconhecida por onde passa, em um simples caminhar pelo calçadão do Leblon, bairro onde mora já é clicada por pararazzo e cercada por fãs.

O Brazilian Press, representado pela Correspondente internacional Juliana Guimarães esteve no Rio de Janeiro e entrevistou a jornalista Glória Maria recém-chegada da Europa por onde esteve por 25 dias gravando para o Globo repórter.

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Confira a Entrevista:

BP: Glória porque você acha que as pessoas gostam tanto de você?

Glória: Acho que as pessoas gostam de mim porque tenho uma história de vida forte, vim de uma família pobre, consegui superar todos os obstáculos, de ser mulher, negra, pobre, com alegria  e superar todas as dificuldades. Sou uma pessoa que nunca me lamentei, nunca foi pega em uma mentira, minha vida é pública, tudo o que faço as pessoas sabem de uma maneira geral.

BP: Você imaginava que um dia ficaria famosa? 

Glória: Não tinha essa coisa glamorosa que as pessoas imaginam e eu não pensava em aparecer na TV. Não existia isso. Quando comecei, os repórteres não apareciam na tv. As coisas foram aconcendo nunca imaginei ser famosa.

BP: Como surgiu o convite para o Globo Repórter?

Glória: O convite para o Globo repórter foi uma idéia minha e do Schireider diretor na época e do Alli Kamel, sentamos os três e como não havia possibilidade de voltar para o Fantástico, eu falei que queria fazer o Globo Repórter. Aí decidimos os três juntos.

BP: Você está feliz no Globo Repórter?

Glória: Tô muito feliz, tudo acontece na hora certa. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida.

BP: E quando você pretende parar?

Glória: Não pretendo parar por enquanto acho que ainda tenho pela frente uns 15 anos de trabalho.

BP: As manifestações que ocorreram no Brasil em junho, mostrou que hoje os jornalistas não têm segurança no exercício de sua profissão, qual sua opinião sobre isto?

Glória: De um tempo pra cá , a situação social chegou em um nível muito ruim por causa da droga, a insegurança é geral. Durante anos de minha vida, eu subi em qualquer favela do Rio para fazer reportagens e nunca tive preocupação porque na época quando cobria o dia a dia , não tinha preocupação porque antes os criminosos respeitavam os jornalistas, antes os jornalistas de uma maneira geral tinham credibilidade respeito; depois dessa geração mais antiga que respeitava não só a comunidade como a imprensa, começou a vir uma geração dominada pela droga, o que mudou totalmente, porque os bandidos antigos não usavam droga aí começou a vir o craque, tudo droga sintética. Eles perderam o respeito por eles mesmo e perderam o respeito por todo mundo. Hoje você não entra em uma favela. Essas manifestações que se vê hoje, são um reflexo disso, falta de respeito, todo mundo tem o direito de se expressar socialmente, politicamente , as manifestações são legítimas tem que acontecer, tem que pedir mudança na rua, mas com respeito, com alegria, com consciência e não com esta coisa absurda de depredação, isto não é um ato político.

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BP:Você sempre sonhou em ser mãe?

Glória: Nunca pensei em ser mãe tenho minhas afilhadas, aconteceu de eu encontrá- las, hoje a minha vida é de minhas filhas que nasceram para mim e eu para elas.

BP: Com esta correria toda tem tempo pra namorar?

Glória: Namorar tá bastante complicado. Não dá tempo de conhecer alguém. Apesar de que para amor sempre tem tempo. Não estou com paciência de investir em ninguém, de se dedicar para ninguém. Estou muito feliz com minhas filhas. Estou vivendo um momento que quero prepará-las, cuidar da personalidade delas, quero meu tempo exclusivo para elas até desabrocharem aí depois penso nisso.

BP: O que você faz para manter-se tão jovem, bonita e bem cuidada?

Glória:Tomo umas duzentas mil pílulas coisas naturais (Risos), não tenho médico pra me cuidar . Tenho uma pessoa incrível, uma médica em são paulo que chama Cristiane Coelho que é nutricionista, que cuida de minha alimentação e basicamente é isto. Faço Detox, jejum para limpar o organismo. Tenho uma alimentação legal, não como fritura, não como carne vermelha, não bebo álcool e raramente como doces.

BP: O que você diria para as pessoas que saíram do Brasil para morar nos EUA?

Glória:  As pessoas que foram embora do Brasil, saíram para realizar sonhos, não para sonhar. Sonhar é quando está aqui né, tem que ter paciência, força de vontade e saber exatamente o que quer. Não adianta querer focar em tudo porque aí é mais difícil, não pode abraçar o mundo. Os brasileiros que estão fora, que corram atrás e realizem seus sonhos. Sonho que fica sonhando é só sonho. Tem que transformar sonho em realidade, concretizar. Todo mundo que está fora se já teve a ousadia a coragem de sair, tem que ter a coragem de realizar.


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