Dois anos e meio depois do terremoto seguido de tsunami e crise nuclear no Japão, uma ilha artificial de destroços formada como consequência dessa catástrofe se aproxima do litoral dos Estados Unidos. A formação, de 700 mil km² (praticamente do tamanho da França) já foi apelidada de “51º Estado americano”.
Estima-se que os ondas gigantes, que varreram uma área de 550 km², produziram um total de 5 milhões de toneladas de destroços de casas, barcos, móveis, madeira e plástico. Pesquisadores acreditam que cerca de 30% desse material (ou 1,5 milhão de toneladas) vaga agora pelo oceano numa compacta massa de detritos.
No momento, a ilha artificial se encontra a 2.700 quilômetros da costa Oeste dos Estados Unidos.O fenômeno, porém, não chega a preocupar a NOOA (National Oceanic and Atmospheric Administration, a agência climática norte-americana). Para o órgão, a tendência é que os destroços cheguem lentamente à costa durante o ano que vem e 2015.
Um estudo da Universidade do Oregon, entretanto, aponta uma ameaça mais visível ao país: junto com os detritos viajam também pelo menos 165 espécies de seres vivos que não existem nos Estados Unidos, a maior parte deles organismos de tamano microscópico. Eles representariam, hoje, uma ameaça concreta ao equilíbrio ambiental do país.
Comments