Brasileiros participam de presépio vivo que busca recorde no País de Gales

Um certificado oficial do Guinness será o presente de Natal do casal de comerciantes gaúchos Elmo Piccardo, de 38 anos, e Ana Beatriz Panazzolo, de 34, que há sete anos vivem em Londres. Junto com o filho Arthur, de dois anos, eles foram ao País de Gales para participar de uma missa que bateria o recorde de maior número de nacionalidades entre os participantes. Ao chegar à cidade de Cardiff, os brasileiros perceberam que não se tratava de uma celebração religiosa, mas sim de um grande presépio vivo, com representantes de 55 países.

“Como a gente mora em um país muito receptivo com estrangeiros, realmente me senti parte. É uma mistura cultural tremenda”, contou Ana, grávida de oito meses do segundo filho. Naturais de Porto Alegre, Ana e Elmo chegaram a morar em Cardiff por um tempo, até retornarem à capital inglesa. Na cidade galesa, conheceram um albanês que há cerca de quatro meses fez o convite. “Meu marido se sentiu mais empolgado porque entraria no Guiness. Eu disse que era bobagem, pois era só uma missa, mas quando vi que era um presépio, achei legal”, afirmou a mulher.

“Desde o início falei que queria ir para entrar para o livro dos recordes. Uma oportunidade dessas nem sempre aparece”, confirma o marido. Apenas uma pessoa de cada país entraria nos registros. Ana foi a única a representar um país sul-americano. Elmo foi registrado como italiano por ter dupla cidadania. A presença de Arthur fez com que a gaúcha negasse um convite para protagonizar a representação.

“Participamos como se fôssemos do povo. Como eu estou grávida, me convidaram para ser a Maria, mas eu disse que não porque estava com o Arthur”, disse Ana. “Ele é um grude comigo”, justificou. O casal conta que a iniciativa foi realizada no último dia 30 pelo reverendo Irfan John, um pastor paquistanês que mora no País de Gales desde 2006, e sua mulher. O local era o Wales Millennium Centre, um grande centro de eventos da cidade galesa.

A empolgação de Elmo com a chance de entrar para o livro dos recordes aumentou quando ele percebeu que se tratava de algo minuciosamente elaborado. “Foi muito profissional”, contou o comerciante. “Eu imaginei que fosse só para reunir pessoas, mas quando chegamos lá, havia um cenário e dois jumentos de verdade participando. As roupas eram de primeira, e o lugar parecia um teatro, um estúdio”, acrescentou.