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Pato “reclamão” não cai bem no Corinthians

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alexandre Pato

Em seu primeiro jogo em 2014, Alexandre Pato repetiu o que já fizera outras vezes no ano passado e reclamou diante dos microfones. A fala não caiu bem para o atacante. Mano o rebateu de imediato, o capitão Paulo André alfinetou o companheiro e agora até o diretor de futebol, em entrevistA, também deu seu “puxão de orelha”.

“O Pato, como qualquer um aqui dentro, pode falar o que ele quiser, mas é da democracia que nem todos concordem, não é? Ele não pode exteriorizar da maneira que ele exteriorizou”, disse Ronaldo Ximenes.

Vaiado pela torcida após passar em branco na derrota por 1 a 0 para o São Bernardo, Pato mostrou seu descontentamento. “Eu não jogo sozinho, eu jogo com mais dez jogadores, não depende só de mim. Eu tento fazer o meu papel, tento fazer o que o professor vem pedindo. Hoje, ele [Mano Menezes] pediu para eu jogar na frente, ali, parado, mas infelizmente eu não peguei muito na bola. Na única chance que eu tive, chutei na trave”, disse o camisa 7.

Mano reagiu na entrevista coletiva. Concordou que a bola não chegou, mas disse que o ataque também não deu “sequência” quando isso aconteceu. Paulo André, questionado sobre o assunto, disse que Pato tem de aprender a se encaixar no estilo que pede a torcida do Corinthians.

A sequência de respostas ao atacante mostra um cenário diferente daquele que se via em 2013. Ao longo de seu primeiro ano, Pato deu respostas mais duras em várias oportunidades na beira do gramado, a maior parte delas cobrando de Tite mais tempo em campo.

O técnico, os diretores e até o presidente sempre relevaram, ressaltaram a boa índole do atacante e diziam que “ruim seria se ele quisesse ficar no banco”. Pressionado pela torcida, Pato já vê uma recepção diferente em sua primeira reclamação de 2014. No entanto, nada que vá render ao atacante uma bronca.

“Não tem aquela frase de que eu não concordo com o que dizes, mas vou defender até a morte o seu direito de dizê-lo? No Corinthians ninguém vai podar ninguém. Acho que ele não está nessa fase de incomodar. As pessoas reagiram, mas nada que possa mexer no ambiente”, disse Ronaldo Ximenes, citando um pensamento famoso do francês Voltaire.

Pato não deve ser repreendido, mas a mudança nas reações é sintomática. “Eu acho que há uma mudança, uma diferença. Tem de se adaptar, entender. Também não era costumeiro reclamar do grupo, do comando. A gente resolvia tudo aqui dentro”, “reparou” Paulo André.

Para o camisa 7, a hora é de decisão. O orgulho pelo fim das lesões e a paciência com a fase de adaptação acabaram, nas palavras de Ximenes. “Ele sabe que essa fase já passou. Ele começou 2013 muito bem, teve uma lesãozinha, não voltou igual. Esse período foi ultrapassado, e o Pato é um grande jogador e tenho certeza que vai mostrar todo seu potencial”, disse o diretor de futebol do clube.


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