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Histórico de Levir mostra que estrelas do Atlético não terão ‘vida fácil’

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Levir Culpi tem histórico de não dar vida fácil e muitas vezes ter problema com estrelas do futebol. O passado do treinador no Atlético-MG apresentou problemas e atritos com atletas. De volta ao clube, o comandante já mostrou que não dará moleza a Ronaldinho Gaúcho e a Diego Tardelli, que foram substituídos no jogo de estreia do técnico e receberam um recado. “Se não render, sai do time”.

Nas três passagens anteriores pelo Atlético, Levir Culpi comandou estrelas e jogadores com histórico de problemas. A relação do treinador com esses atletas não foi das melhores e muitas vezes causou atritos no dia a dia.

Na primeira passagem, em 1994, o comandante chegou após o fracasso da chamada “selegalo”, uma equipe formada por atletas renomados que decepcionou em campo. O treinador tinha em suas mãos um time abalado pelo insucesso do projeto de contar com jogadores como Neto, Gaúcho e Renato Gaúcho, mas que não renderam o esperado e acabaram dispensados.

Um dos atletas que ficou na equipe foi Éder Aleixo, com histórico um tanto quanto complicado. Insatisfeito com as atuações do jogador, Levir Culpi chegou a afastar o atleta de alguns jogos, o colando para treinar em separado, para que melhorasse a forma física. A situação não foi tão bem recebida pelo atleta, que voltou ao time depois.

Porém, foi em 2002 que o treinador teve seu maior atrito no Atlético. Após boa campanha no ano anterior, no Campeonato Brasileiro, quando foi semifinalista e perdeu para o São Caetano, em jogo único, em time repleto de estrelas, como Velloso, Djair, Marcelo Djian, Valdo, Guilherme e Marques, Levir Culpi se desentendeu com o meia Ramon Menezes, situação que fez o Atlético ser processado e perder na Justiça.

Em fevereiro daquele ano, Ramon se recusou a ficar na reserva em um treinamento e irritou Levir Culpi, que o afastou do time. Após os dois trocarem farpas pela imprensa, o treinador chegou a chamar o meia de “QI de alface”, situação que resultou na saída do atleta do Atlético e um processo contra o clube, que foi obrigado a pagar uma indenização jogador.

Em 2006, quando assumiu o Atlético na Série B do Campeonato Brasileiro e o clube vivia situação difícil no torneio, Levir tinha no meia Marcinho seu grande jogador. Porém, a relação entre os dois, que terminou bem, com o jogador em alta, teve momentos tensos, quando o comandante fez cobranças públicas em relação ao comportamento do atleta e o chegou a tirá-lo do time titular em alguns jogos.

De volta ao Atlético sete anos depois da sua saída, o treinador dá mostras de que não terá problemas caso precise bater de frente com as estrelas do grupo. Levir Culpi já disse que irá trabalhar com Diego Tardelli e Ronaldinho Gaúcho, principais nomes do clube, com igualdade de condição aos demais atletas e promete cobrar empenho e dedicação da dupla.

Já na partida de estreia no clube, diante do Grêmio, ambos, que tiveram novamente atuação ruim, foram substituídos no começo do segundo tempo e não se mostraram muito felizes no banco de reservas. “Tirar o Ronaldinho para mim é como tirar qualquer jogador do elenco. Até fiz uma palestra rápida com eles e comentei que jogador é número, quantos chutes, quantos passe, quantos gols, quantas assistências. Então, o melhor jogador nós sabemos nas estatísticas”, disse.

No treino de terça-feira, Diego Tardelli não participou do treino tático realizado por Levir Culpi. O jogador deixou a atividade depois de participar da primeira parte da atividade, alegando dores musculares.  A ausência do atleta chamou atenção dos jornalistas, que esperam a atividade da quarta para saber se o camisa nove foi barrado pelo treinador.

O início de trabalho do comandante mostra que Levir poderá adotar tática diferente dos dois antecessores, quando viam em Ronaldinho Gaúcho a grande esperança do Atlético e que tinha um papel de quase intocável, mesmo com Autuori o tirando ao final de alguns jogos.

“É normal ter substituição, o treinador tem este direito de colocar ou tirar quem ele achar que deve. O Levir está chegando agora e vai implementar a sua forma de jogo, o que acha que deve acontecer”, destacou o volante Pierre, um dos atletas mais experientes do grupo alvinegro.

O zagueiro Leonardo Silva endossa o coro e reconhece que os jogadores sabem que não estão garantidos. “Todo mundo tem se cobrado. Sabe o que faz de bom, o que pode melhorar. Nosso elenco é muito qualificado. Não tem titular absoluto. Joga quem está melhor. Já no primeiro jogo, ele substituiu dois jogadores que não tinham o costume de sair”, afirmou.


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