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Cruzeiro precisa fazer da exceção sua nova regra

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Quando o relógio passou das 10 da noite de quarta-feira passada, aquela em que o Cruzeiro superou seus próprios limites e teve uma noite perfeita diante do São Paulo, duas notícias se tornaram oficiais na cabeça do cruzeirense eufórico com justiça. Uma boa, outra ruim.

A boa é que o time celeste, de longe, fez sua melhor partida no ano. A ruim é que foi uma espécie de exceção na temporada até agora e ninguém sabe se haverá repeteco, por mais que este seja o objeto de desejo da torcida para as pelejas contra o River Plate.

Contra o time paulista, o Cruzeiro foi intenso, insinuante, marcou muito, tocou bem a bola. Uma das principais falhas do time no ano, a movimentação dos homens de frente foi fundamental. Tanto que Reinaldo está tendo pesadelos com Marquinhos até hoje e Willian flutuou em campo, pelos cantos e pelo meio, iniciando inclusive o lance do gol de Leandro Damião, com um passe milimétrico que Tostão, Dirceu e Alex certamente ficaram orgulhosos de ver.

A questão é que o cenário das quartas-de-final é um tanto parecido com o das oitavas. Assim como o São Paulo, o River Plate vem de um ano irregular. Mesmo tendo praticamente a mesma equipe que conquistou títulos em 2014, o rendimento caiu. Se classificou na bacia das almas na primeira fase da Libertadores, quando fez a pior campanha entre os 16 classificados. Tanto que caiu direto no confronto contra seu maior rival.

Nos três tempos contra o Boca Juniors, foi um pouco superior em meio ao equilíbrio e pancadaria. Boca x River é um jogo à parte. Mais porretada do que bola. Não deu para sacar muita coisa. Por isso, do mesmo jeito que a torcida cruzeirense espera uma Raposa astuta como na semana passada, o torcedor milionário também tem lá suas dúvidas de como sua equipe irá se comportar.

O principal consenso do lado celeste é de que a equipe não pode repetir o comportamento que já se tornou praxe na maioria dos jogos longe do Mineirão. Geralmente o Cruzeiro espera demais o adversário e só vai ao ataque se aparecer alguma brecha muito evidente. Lógico que a equipe tem que tomar seus cuidados defensivos e ser cautelosa na parte disciplinar, mas em um torneio como a Libertadores, em que o gol fora tem peso de ouro, abrir mão do ataque é um convite ao sofrimento.

A tendência é que Marcelo repita a equipe que venceu o São Paulo semana passada. Uma boa atuação na Argentina passa justamente pelos pontos fortes apresentados pela equipe há uma semana. O triunfo das oitavas não deve ser esquecido e precisa se tornar referência para quando o Cruzeiro entrar em campo daqui pra frente. Se necessário for, que deixem a vida em campo. E provem que a exceção de 13 de maio pode se tornar uma regra.


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