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Léa Campos: Não Há Respeito aos Nossos Atletas

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lea_camposVivenciamos todo tipo de dificuldades para a prática de esportes especializados, e nestes incluo o futebol feminino.
Nossas atletas lutam contra tudo e contra todos para atingirem seus objetivos e  representar bem nosso país.

Infelizmente os governantes e os responsáveis pelo esporte no Brasil têm  olhos apenas para o futebol masculino, apesar de todos os vexames dos últimos tempos. Nosso futebol feminino, apesar das conquistas, não tem respaldo do governo,
não tem patrocínio, não tem incentivo. As meninas lutam com unhas e dentes para atingir o objetivo maior que é o título.

Algumas têm a sorte de irem para outros países, outras, trabalham no que
aparece para ter condições de acalentar os sonhos.
Para outras modalidades é ainda pior, não são nem lembrados pelos
governantes.
Temos uma mineirinha, literalmente de ouro, trata-se de Terezinha
Guilhermina, que ao 36 anos coleciona medalhas de ouro originadas do
esporte que pratica.
Isso seria normal, afinal nosso Mister Pan é recordista mundial de pódios.
EntretantoTerezinha é especial, ela é cega, portadora de retinose
pigmentar, ela não enxerga nada e depende de um treinador guia para a
prática do esporte que ela tanto ama.
Ela é velocista, e disputando a Paraolimpíada ganhou uma medalha de ouro em Pequim (2008) e outras duas em Londres (2012) .
No Parapan conquistou mais três ouros no Rio de Janeiro (2007) e 3 em
Guadalajara (2011).
Agora ela está no Canadá onde busca aumentar sua coleção, o que certamente conseguirá  no Parapan que será disputado naquele país entre os dias 7 e 15 do mês em curso.
Terezinha corre no Canadá com olho no mundial que será levado a cabo em
outubro em Doha, (Catar), que é a principal competição, já que conta com
atletas de todo o mundo que lutam para pontuar para as olimpíadas que serão
realizadas no Rio de Janeiro no próximo ano.
O triste dessa história, é que nossa mineirinha teve que se mudar para
Maringá (PR), porque morando em Betim era penoso para ela tomar três ônibus para treinar no Centro Esportivo da UFMG  (CEU ).
Terezinha disse que o sonho dela é voltar para Minas, mas para que isso
aconteça necessita da criação de um local de  treinamento, que não a
mortifique tanto. Ela enfatiza que não fala por ela apenas, mas por
inúmeros atletas que às vezes abandonam o esporte por falta de condições
para se preparar.
Bato na mesma tecla, falta vontade do governo, para construir um centro de
treinamentos com as adaptações  adequadas e necessárias, principalmente para os atletas com alguma incapacidade.
Atletas nós temos e muitos, o que nos falta é governo que os apoie criando condições para os mesmos e empresários que apoiem financeiramente nossos atletas incapacitados.
Mais ação e menos conversa.
Esporte é Saúde . Saúde é vida.

www.leacampos.com

www.millenniumfutbolfemenino.com


Social Press . 06/08/2015

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