Número de imigrantes ilegais nos EUA cai para o menor nível em mais de uma década

O número de imigrantes que vivem nos EUA na ilegalidade está no seu nível mais baixo em mais de uma década e, pela primeira vez em anos, provavelmente caiu abaixo de 11 milhões.

Um novo estudo realizado pelo Centro de Estudos Migratórios estima que 10,9 milhões de imigrantes vivem no país sem autorização. Esse é o nível mais baixo desde 2003 e pela primeira vez o número mergulhou abaixo de 11 milhões desde 2004.

A queda, que foi documentada por estudos anteriores, bem como, contraria a imagem generalizada durante a campanha presidencial republicana de um aumento da imigração ilegal.

O principal candidato, Donald Trump disse que as taxas de imigração ilegal são “inacreditáveis” e afirmou que “os imigrantes trazem crime e doença”. Trump prometeu deportações em massa e um muro gigante na fronteira, enquanto critica seus rivais mais moderados, incluindo Jeb Bush, que propôs dar aos imigrantes que já estão no país um caminho para o status legal.

A Suprema Corte decidirá se Obama pode proteger milhões de imigrantes da deportação. De acordo com o relatório, escrito por um ex-especialista em demografia, a imigração ilegal caiu de forma constante desde 2008, impulsionado em parte por um grande número de imigrantes do México que retornam para casa.

Desde 2010, o número de mexicanos que vive nos EUA ilegalmente diminuiu cerca de 612.000, ou 9%, diz o relatório.

A população desses mexicanos na Califórnia encolheu em cerca de 250.000 no período de 2010-2014, segundo o estudo. A população total de imigrantes do estado caiu em 318.000 durante esse tempo.

Embora o estudo tenha constato declínios no número de tais imigrantes da América do Sul, Caribe e Europa, que relataram um aumento no número de imigrantes que atravessam ilegalmente da América Central, está relacionado ao aumento da violência nos últimos anos.

Manuel Pastor, professor de sociologia da USC, disse que o declínio no número de imigrantes que vivem ilegalmente no país pode ser ligado a um declínio na economia dos EUA e de outros fatores. Por exemplo, as taxas de natalidade mais baixas no México significam que há menos competição por empregos lá e menos pressão para ir para o norte para encontrar trabalho.