Autoridades americanas desmantelaram uma ampla rede internacional de lavagem de dinheiro ligada ao cartel mexicano de Joaquín “El Chapo” Guzmán, que enviava milhões de dólares para a Colômbia por meio de negócios em Miami.
Em entrevista coletiva em Miami, as autoridades relataram que 22 pessoas nos Estados Unidos, na Colômbia e em outros países foram denunciadas por sua relação com esta rede, suspeita de lavar dinheiro proveniente da venda de cocaína.
Dos suspeitos, cinco foram detidos, três deles em Miami entre quarta e quinta-feira, um em Boston e outro em Cali, na Colômbia, informou a procuradora estadual do condado de Miami-Dade, Katherine Fernández Rundle.
Os restantes continuam sendo procurados pelas autoridades.
“Essas transações foram feitas pelo cartel de Sinaloa e os sucessores do extinto cartel de Cali”, disse Fernández Rundle.
Durante dois anos, na chamada “Operação Neymar”, assim batizada porque os suspeitos usaram como apelido o nome do craque da seleção verde-e-amarela e de outros jogadores, funcionários do Serviço de Segurança Interna, policiais e procuradores de Miami colaboraram com colegas na Colômbia e outros países para desmantelar esta rede.
O esquema era amplo. Suas operações alcançavam 17 países, passando pela América Latinam, como Colômbia, México, Guatemala e Venezuela, e pelos Estados Unidos e Canadá, pela Europa (Espanha, Holanda e Grã-Bretanha), pela Ásia (China) e pela Austrália. O dinheiro da droga que era “lavado” tinha sua origem em 14 estados americanos, disse a procuradora.
Comments