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Seita ‘do fim do mundo’ que causou mortes no Japão está ressurgindo na Europa

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Seita que ficou famosa e foi sufocada após aterrorizar o Japão em 1995, a Aum Shinrikyo, está voltando aos holofotes agora, mais de 20 anos depois. E bem longe do país asiático.

Nos últimos dias, a polícia da Rússia invadiu uma série de propriedades associadas ao grupo e prendeu ao menos dez pessoas. No mês passado, a ex-república iugoslava de Montenegro expulsou 58 estrangeiros suspeitos de associação com a Aum, nome curto pelo qual geralmente é conhecida.

Ambos acontecimentos acendem um alerta vermelho, dado o histórico de extrema violência da seita.

Ainda são incertos os motivos que levaram a essa espécie de renascimento no leste europeu, mas há hipóteses que levam a ex-integrantes da Aum.

Seu líder, Asahara, foi uma das pessoas que acabou preso após os ataques em Tóquio. Treze foram condenadas à morte e ele ainda espera pelo cumprimento da sentença.

Mas mesmo relegado à clandestinidade após 1995, o grupo não desapareceu. Chegou inclusive a mudar seu nome para Aleph.

E houve dissidências. Em 2007, ocorreu a criação de um pequeno grupo, o Hikari no Wa, liderado pelo ex porta-voz e sucessor de Asahara, Fumihiro Joyu, que garante ter se afastado do culto.

Antes de tudo isso ocorrer, a Aum operou em alguns dos ex estados soviéticos durante a convulsão que se seguiu ao fim da URSS entre 1990 e 1991. Região que se tornou especialmente importante para a seita nos últimos anos.

Hoje, não se trata apenas dos 58 indivíduos que tinham alugado um hotel em Montenegro: 4 japoneses, 43 russos, 7 bielorrussos e 3 ucranianos e 1 uzbeque, segundo o ministro do interior do país e acabaram expulsos, nem das 25 propriedades que foram alvo da recente operação policial russa.

Segundo promotores é possível que existam até 30 mil seguidores do grupo na Rússia, onde ele também é ilegal. Haveria, também uma pressão por doações entre eles.

A mídia estatal do país chegou a informar que as autoridades deram início a uma investigação criminal, afirmando que as atividades do Aum “envolvem violência contra cidadãos e danos à sua saúde”.

A Aum Shinrikyo é considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e muitos outros países, mas sua versão “recauchutada”, a Aleph, e a dissidência Hikari no Wa são legais no Japão, embora designadas como “religiões perigosas” e submetidas a severa vigilância.

Estimativas apontam que esses grupos tenham ao todo, 1,5 mil seguidores, número que vem crescendo lentamente, segundo relatos.

Poucos ativistas dos direitos humanos defendem os membros desses dois grupos. Dizem que eles não foram condenados por crimes e não sabiam dos planos que culminaram nos ataques de 1995.


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