Além do grupo de 12 presos na semana passada pela Polícia Federal por supostos “atos preparatórios” para ataques durante a Olimpíada, as Forças Armadas monitoram outros brasileiros que mostram “simpatia” ou fazem “apologia” a grupos extremistas, segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Em entrevista exclusiva à BBC Brasil no salão de reuniões do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, ele afirmou que essas pessoas ainda não teriam “cruzado a linha” entre a louvação e a preparação efetiva de ataques.
Caso isso ocorra, serão “capturados e terão que responder perante a lei com penas pesadas” – Jungmann foi um dos criadores da recente Lei Antiterrorismo.
O ministro reconheceu falhas tanto no monitoramento de fronteiras quanto no diálogo tardio sobre segurança com países vizinhos, mas afirmou que o governo trabalha “a quatro mãos” com os Estados Unidos – além de equipes de segurança de outros 105 países.
A dez dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o ministro classifica o atraso na seleção dos responsáveis pelas revistas e aparelhos de raio-X na entrada dos Jogos como um “processo que apresenta falhas, sem a menor sombra de dúvida”.
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