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PF facilitou fuga de ex-prefeito preso por corrupção em Minas, acusa advogado

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O ex-prefeito de Januária (MG) Maurílio Arruda (PTC), preso na manhã da última segunda-feira (12), conseguiu escapar no fim da tarde do mesmo dia quando era transferido, sem algemas, para um presídio de Montes Claros (MG). O advogado do acusado, Antônio Veloso, afirma que a polícia “facilitou” o crime porque percebeu que havia “cometido um erro”.

Em depoimento, o advogado do ex-prefeito afirmou que seu cliente foi “sequestrado pela Polícia Federal” por não ter cumprido a promessa do juiz do caso de que “se não houvesse vaga no presídio de Januária, a prisão seria domiciliar”.

Veloso acusa a polícia de facilitar a fuga de Arruda. “Quando os policiais perceberam que estavam cometendo um abuso, permitiram que ele escapasse. Só assim se explica que uma pessoa consiga sair de uma viatura com três agentes”.

O advogado também acusou a PF de promover um clima de “terrorismo” no Estado. “Todos os candidatos que lideram pesquisas nestas eleições são alvo de pedidos de prisão”, indagou ao citar as prisões dos prefeitos Ruy Muniz, de Montes Claros, e Warmillon Braga, de Pirapora. Ambos em Minas Gerais.

Segundo a Polícia Federal, quando chegava na cidade de destino, Arruda foi resgatado por uma pessoa de moto.

O ex-prefeito é candidato à reeleição da prefeitura de Januária neste ano. Arruda é acusado pela Operação Sertão Veredes, deflagrada em 2013 pela PF, de participar em desvios de verbas públicas envolvendo contratos de obras que não foram executados.

A PF instaurou uma sindicância interna para apurar as circunstâncias da fuga afirma que os policiais irão empreender novos esforços para localizar e prender o ex-prefeito.

O episódio também foi relatado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

As acusações do advogado de Arruda também foram rebatidas pela PF. A corporação disse que o mandado judicial não continha “nenhuma restrição com relação a prisão em outra unidade, bastando apenas que seja em acomodação condigna, separada dos demais presos, o que já havia sido providenciada”.


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