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Um chute a cada sete minutos. Atlético é mais atacado do que os lanternas

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Com um ataque tão poderoso, era de se esperar que o Atlético-MG aparecesse com uma das equipes com mais gols no Brasileirão. São 56 gols marcados, somente um a menos do que o líder Palmeiras, dono também do ataque mais positivo. Mas o número que mais chama a atenção na campanha alvinegra é o de gols sofridos. Já foram 44, o pior desempenho entre os nove melhores colocados e o sétimo pior no geral.

Mas assim como acontece no ataque, o Atlético também conta com nomes de peso na defesa. O goleiro é o Victor, tem Erazo, tem Fábio Santos, tem Leandro Donizete, tem Rafael Carioca. Já teve Leonardo Silva, Douglas Santos e Marcos Rocha. Então, o que acontece? Um número que pode ajudar a responder essa é questão é o de finalizações concebidas. A quantidade de vezes que os adversários chutaram ao gol do Atlético.

Em 34 rodadas foram 427 chutes contra a meta alvinegra. Isso dá uma média de um chute a cada sete minutos, considerando os jogos sem os minutos de acréscimo. Desempenho pior do que os dos dois últimos colocados. Santa Cruz e América-MG permitiram que os adversários finalizassem 408 e 401 vezes, respectivamente. Com 59 gols sofridos, a equipe pernambucana tem a defesa mais vazada, enquanto o América sofreu 51 e aparece como a terceira mais superada, na frente apenas do próprio Santa e da Chapecoense, que já levou 52 gols.

“Um dos problemas que nós temos e um dos desafios também é tentar não levar tantos gols. A gente faz sempre muitos gols, cria muito. Mas a gente não consegue criar uma estratégia própria para jogos fora de casa. O time ataca muito e às vezes deixa espaços. Mas há tempo ainda. Temos de pegar esse final de Brasileiro, buscar pontuar, ganhar do Palmeiras em casa. Pontuar para chegar entre os primeiros e brigar pelo título da Copa do Brasil”, reconhece o técnico Marcelo Oliveira.

Para o lateral esquerdo Fábio Santos, um dos motivos que ajudam a explicar o desempenho defensivo do Atlético é a quantidade de jogadores ofensivos que o time tem. Para o camisa 39, a solução é tentar ajustar alguma coisa, mas como o tempo é curto, o jeito é tentar repetir o que funcionou até agora. Fazer muitos gols, já que o time vai legar alguns.

“Agora não tem muita coisa para arrumar não, não tem tempo para isso. A gente procura esse equilíbrio desde o início do campeonato e não encontramos até agora. É até covardia falar do sistema defensivo numa equipe tão ofensiva como a nossa. Óbvio que sempre dois ou três vão pagar essa conta. Mas a gente sabe que é complicado jogar com tantos jogadores talentosos do meio para frente, é difícil a recomposição. A gente realmente não consegue, durante os jogos, às vezes, fica muito espaçado e essa tem sido a grande dificuldade. A gente vai tentar conversar, fazer o possível. Talvez combater esses contra-ataques, adiantar mais as linhas, para ficar mais próximos ao pessoal da frente. São questões que precisam ser acertadas, mas não tem muito tempo para isso, até porque a gente já vem buscando esse equilíbrio há um bom tempo”.


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