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EUA: aumenta taxa de recusa de visto para brasileiros

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_vistoViajar para os Estados Unidos está mais difícil, e não é só por causa do dólar. O processo para tirar o visto de não-imigrante, primeiro passo para desembarcar no Tio Sam, parece estar mais complicado. Em 2015, a taxa de recusas aumentou mais de 2%. Em 2014, 3,2% dos solicitantes tiveram o documento recusado; ano passado, 5,36%. Os dados são do Travel State Government, o Departamento de Estado dos EUA.

O consulado dos Estados Unidos no Rio não quis comentar o crescimento da taxa de recusa, mas, em nota ao jornal, enfatizou que “o mais importante a ser considerado é que a maioria das solicitações de vistos para não-imigrantes submetidas à embaixada americana e aos consulados é aprovada”.

Para Steven Bipes, diretor-executivo da Câmara de Comércio Brasil EUA, AmCham Rio, a crise econômica pode ter influenciado este número. E, segundo ele, a principal consequência a longo prazo do aumento de recusas pode ser o impacto em dois programas que estão para ser implementados: o Global Entry, para viajantes frequentes que não precisam passar por entrevista na chegada, e o Visa Waiver, que dispensa visto para até 90 dias de permanência.

— O agravamento da crise econômica, com alta de desemprego, pode ser uma das causas do aumento da taxa. Mas não se pode afirmar isso, pois essa decisão é soberana. O Global Entry está bem adiantado. O Visa Waiver depende de muitos outros fatores, como compartilhamento de informações entre países, por exemplo, e o aumento da taxa pode dificultar o processo — diz Bipes.

Para evitar a recusa, é importante, enfatiza o consulado, levar outros documentos, além dos oficiais, para comprovar vínculos financeiros e afetivos com o Brasil, como carteira de trabalho, contrato de residência (aluguel ou compra) e passagem de volta, se já houver. — Se o oficial consular não se convencer destes vínculos, o pedido de visto é recusado, e a decisão dele é irreversível naquele momento.

A diretora da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio, Tânia Cesonis, afirma que “erros evitáveis”, como o preenchimento incorreto do formulário, também prejudicam muitos solicitantes: — Mesmo sem segundas intenções, as pessoas ficam nervosas na entrevista, com medo da recusa. Nestes casos, o melhor é não acrescentar informações que não pediram. A embaixada ressalta que “na maioria dos casos, uma recusa não deve ser interpretada como um reflexo negativo ao mérito pessoal de cada solicitante, e nem é permanente. É apenas a aplicação da lei às circunstâncias que o solicitante apresentou no momento da entrevista”.


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