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A empresa que fazia ‘pizzas medíocres’ e hoje tem ações mais rentáveis que as do Google

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Imagine que uma máquina do tempo leva você de volta para 2004 e que nesse momento alguém lhe pede para escolher entre as ações de duas famosas empresas americanas: de um lado, a cadeia de pizzarias Domino’s e, do outro, o Google, que anos mais tarde passaria a parte do gigante conglomerado de tecnologia Alphabet.

Na última década, a última ampliou sua liderança mundial em diversos segmentos da internet. Enquanto isso, os fabricantes da Domino’s chegaram a admitir em propagandas de televisão que a pizza que produzem é medíocre.

Com base nessas informações, o que seria melhor: ficar com as ações do Google ou da Domino’s? Surpreendentemente, com as da última.

Segundo relatado pelo site americano Quartz, que cita um estudo de um especialista em fundos de investimento, de 2004 até agora as ações do Google (agora Alphabet) ofereceram um retorno de 1,555%. Enquanto isso, o desempenho dos papeis da Domino’s foi ainda maior: 2.401%.

Isso reflete não só os caprichos dos mercados de ações, mas uma história interessante de recuperação de uma empresa como a Domino’s, que talvez não tenha o glamour do Google, mas mostrou uma rentabilidade invejável.

A Domino’s é agora a segunda maior cadeia de pizzarias do mundo – tem 12,5 mil lojas em mais de 80 países.

A  marca ganhou fama em 2010, quando seu recém-nomeado CEO Patrick Doyle apareceu em um anúncio de televisão quebrando o que parecia ser a regra fundamental da publicidade: não falar mal de seu próprio produto.

Nos célebres comerciais, um consumidor aparecia dizendo que a pizza do Domino’s “tinha gosto de papelão.” Enquanto isso, um empregado confessava que “nosso molho tem gosto de ketchup”.

Na campanha, Doyle aceitava a culpa e dizia para a câmera que a empresa tinha que melhorar.

Ele tomou as críticas mais implacáveis como um incentivo para transformar a empresa – a receita, ingredientes e procedimentos de preparo da pizza mudaram.

A Domino’s também se reinventou como uma empresa que fabrica e vende pizza, mas usando alta tecnologia.

Boyle disse em eventos públicos que, dos 800 funcionários lotados em sua sede, 400 trabalhavam em softwares.

E, como relatado pela revista da Faculdade de Administração da Universidade Harvard, a marca tem sido pioneira no desenvolvimento de mecanismos que permitem aos clientes pedir pizza usando emojis em mensagens de texto ou mesmo via Twitter. Também está experimentando fazer entregas com drones.

 


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