O procurador-geral Jeff Sessions, anunciou na segunda-feira que o governo cortará recursos federais das chamadas “cidades santuário”, onde autoridades locais protegem imigrantes em situação irregular sem antecedentes criminais.
“Hoje quero exortar os estados e jurisdições locais a cumprir (…) as leis federais como condição para o recebimento de fundos”, declarou Sessions a repórteres na Casa Branca, em uma referência às chamadas “cidades santuário”.
Entre elas estão metrópoles como New York, Los Angeles e San Francisco, que têm prefeitos democratas e se recusam a deportar pessoas em situação irregular, indo de encontro às políticas do presidente Donald Trump. Miami também estava nessa lista, mas chefiada pelo republicano Tomás Pedro Regalado, passou a cumprir as ordens de Washington. Calcula-se que o país possua cerca de 300 cidades santuário.
As leis de imigração “determinam que os estrangeiros devem ser removidos rapidamente do país, referindo-se aos que foram condenados ou presos por determinados crimes”, afirmou Sessions. “Infelizmente, alguns estados e cidades têm adotado políticas destinadas a impedir a aplicação das leis de imigração”, acrescentou.
O procurador-geral afirmou que as cidades são obrigadas a respeitar o estatuto número 1373, que estabelece que para receber recursos de fontes federais tais jurisdições não podem adotar regras locais que limitam a comunicação de informações sobre a situação migratória de indivíduos. Segundo ele, o estatuto “deixa claro que a falta de ação para remediar uma violação resultará na retirada de fundos, rescisão de fundos ou remoção da condição para recebê-los”.
Essa é apenas mais uma medida da ofensiva contra a imigração clandestina promovida pela Casa Branca, que planeja deportar 11 milhões de irregulares nos próximos anos, incluindo 3 milhões com antecedentes criminais.
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