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Familiares de vítimas do Estado Islâmico processam Google, Facebook e Twitter

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Familiares de três vítimas do atentado de San Bernardino, ocorrido em dezembro de 2015, nos Estados Unidos, abriram um processo contra a Google, o Twitter e o Facebook por, de acordo com eles, terem fornecido “apoio material” ao Estado Islâmico.

Segundo a acusação, as empresas falharam em barrar os esforços do grupo terrorista em suas plataformas e, por conta disso, podem ser consideradas coniventes com o Estado Islâmico, permitindo que o ataque fosse organizado e realizado naquele ano.

Ainda de acordo com os familiares que estão abrindo a ação, de maneira mais geral, as redes sociais ajudam a garantir que as ideias extremistas do grupo terrorista “floresçam”, enquanto novos membros são recrutados, recursos são obtidos e, acima de tudo, as palavras de ódio são proliferadas.

De acordo com a Reuters , eles alegam que, sem o apoio indireto das plataformas citadas, o grupo extremista jamais se tornaria uma das organizações terroristas mais perigosas e temidas do mundo.

O processo, que foi divulgado nesta semana à imprensa, foi movido em uma corte de Los Angeles por parentes de SIerra Clayborn, Tin Nguyen e Nicholas Thalasinos, três das 14 pessoas assassinadas por um casal de terroristas em um centro comunitário da cidade de San Bernardino, na Califórnia.

Em 2 de dezembro de 2015, Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik abriram fogo contra funcionários durante uma confraternização de Natal, além de tentarem, sem sucesso, detonar um explosivo.

Esta já é a segunda vez que alegações semelhantes a essas motivam um processo contra as empresas de internet.

No final do ano passado as mesmas três empresas foram acionadas judicialmente pelas famílias de três mortos após um tiroteio em uma boate de Orlando, na Flórida. O ataque foi realizado por um cidadão americano em nome do grupo terrorista.

Como em ações passadas desse tipo, Google, Facebook e Twitter não se pronunciaram sobre os processos judiciais

Nos Estados Unidos, leis federais protegem sites e redes sociais, eximindo-os da responsabilidade sobre conteúdos postados pelos usuários, afirmando que isso estaria fora do controle das empresas.

Por isso, diversas ações judiciais desse tipo, além de investigações federais, falharam em passar até mesmo por fases preliminares, sem que as companhias de tecnologia fossem acionadas diretamente.

No entanto, mesmo que as empresas não possam ser responsáveis pelos atos de seus usuários, elas precisam ser duramente criticadas quanto à falta de ação para evitar que conteúdos que incitam o ódio, como os do Estado Islâmico, se espalhem pela internet.


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