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Léa Campos: Pintando Gols

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Ontem pintava as ruas com as cores de nossa bandeira incentivando a conquista de um hexa que não aconteceu.

Gabriel Jesus, de origem humilde, que teve as ruas como seu primeiro estádio de futebol, sabia que o futebol era a sua meta.

Em 2014 passou o tempo decorando as ruas como incentivo para o grito de gol, era um sonho a mais, mas não perdeu o foco e hoje três anos depois, estará entre os que irão à Rússia buscar o tão sonhado hexa.

Sua humildade o fez campeão brasileiro jogando pela Palmeiras, onde começou nas categorias de base, enfim tem sangue de triunfador.

Sem a arrogância que norteia muitos de nossos supostos craques, hoje Jesus joga em um dos times mais ricos da Europa, o Manchester City.

Sua meta atual, sem sombra de dúvidas, é o mundial do próximo ano, não ostenta riqueza nem se auto intitula o novo rei do futebol apesar de ter condições para sê-lo.

Nossa seleção não precisa de estrelas, (lugar de estrelas é adornando o céu), também não precisamos de “craques” manhosos que se creem donos do mundo, precisamos de jogadores que vestem a camisa “Canarinho” com o orgulho em alto e o respeito que o Brasil e o povo brasileiro merecem.

Gabriel Jesus é esse jogador.

Os títulos e as conquistas em qualquer atividade da vida,

são frutos do empenho naquilo que fazemos.

Em 1966, chegamos em Londres empunhando a bandeira de favoritos, tínhamos um grande time e éramos Bi- Campeões do mundo.

O vexame foi grande e quem brilhou como rei foi o português Eusébio, apesar de Pelé ter sido coroado dias antes, pela Rainha da Inglaterra como o “Rei” do futebol.

Talvez a falta de humildade somada à arrogância nos levaram ao fracasso.

Em 1970, mudamos de atitude e o resultado foi o tri campeonato gritado aos quatro cantos do Brasil pelos 90 milhões de brasileiros.

Ficamos vinte e quatro anos comemorando o tri, e voltamos a conquistar a taça em 1994, e depois coreanos e japoneses nos viram levantar nosso quinto título.

A partir daí estacionamos na glória como invencíveis, e passamos a sonhar com a chamada “Copa das Copas”, em 2014, que acabou se transformando no vexame dos vexames, quando os alemães nos impuseram um placar que jamais será esquecido.

Foi pior que o “maracanaço” de 1950, porque naquele então foi apenas um gol que nos tirou o título.

Novamente a vaidade dos falsos craques nos tirou o sonhado hexa.

Agora nos preparamos para o mundial do próximo ano que terá a Rússia como anfitriã, temos um técnico que busca o título e não apoia estrelinhas feitas pela imprensa.

Gabriel Jesus, é nossa maior esperança, sem máscara no rosto, muita bola no pé e com o Brasil no coração.

 


Social Press . 01/06/2017

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