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Conheça a paralisia de Bell, que afetou Angelina Jolie

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A atriz Angelina Jolie revelou, em entrevista à revista americana Vanity Fair, que foi diagnosticada no ano passado com a paralisia de Bell, condição em que se perdem temporariamente os movimentos de metade do rosto. Ao contrair a doença, a pessoa pode não conseguir piscar um dos olhos, franzir a testa e sorrir de um dos lados da boca. O problema é causado por uma inflamação no nervo facial. Ela ocorre a partir da reativação de um vírus já presente no organismo – normalmente o vírus do herpes.

Ao perceber a paralisia, é comum que as pessoas confundam os sintomas com os do derrame cerebral. Ao contrário do AVC, uma alteração no fluxo sanguíneo do cérebro, a condição não apresenta alterações neurológicas. A paralisia de Bell acontece por causa da inflamação do nervo facial, localizado desde o ouvido até o centro do rosto – nariz, olhos e boca.

O diagnóstico é feito por meio de um exame clínico, quando o paciente relata perda das sensações e do controle das expressões faciais de um dos lados do rosto e dores de cabeça. “Às vezes o paciente fala que, ao mastigar, morde a bochecha, por exemplo, porque ele não tem esse controle, essa sensação”, explica Débora Abdala, clínica-geral no Hospital Ipiranga, em Mogi das Cruzes. A reincidência é possível. “Pode acontecer de uma pessoa que já teve, ter de novo do outro lado, mas não nos dois ao mesmo tempo”, explicou Débora.

De acordo com a médica, a paralisia de Bell é uma doença simples e razoavelmente comum – e pode acometer qualquer pessoa, em qualquer faixa etária. Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, provavelmente 90% dos brasileiros têm o vírus do herpes simples em estado latente. “A queda na imunidade, por exemplo, pode fazer com que o vírus inflame o nervo”, explicou Débora.

Geralmente, o que pode desencadear seu desenvolvimento é a mudança brusca de temperatura, como sair de um banho quente para o ar frio. Outros fatores que afetam o sistema imunológico, como é o caso do stress, também podem estar relacionados.

A maioria das pessoas tem completa recuperação, o que pode levar até três meses, com pouca ou nenhuma sequela. No entanto, não existe um tratamento específico.  Especialistas costumam recomendar o uso de corticoides, que reduzem a inflamação, e medicamentos antivirais. Além disso, outras medidas preventivas podem ser necessárias, como o uso de colírio ou pomada específica para evitar ressecamento e feridas nos olhos – principalmente ao dormir. Em casos mais intensos, pode-se indicar fisioterapia para estimular o retorno dos movimentos. No caso de Angelina, o principal recurso foi a acupuntura. Porém, não existem evidências concretas sobre a eficácia do tratamento.


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