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Exame de vista pode detectar Alzheimer duas décadas antes de sinais aparecerem

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Cientistas de Los Angeles desenvolveram teste onde profissionais da saúde serão capazes de detectar a possibilidade de o paciente desenvolver Alzheimer até duas décadas antes dos primeiros sintomas surgirem, por meio de um simples exame oftalmológico.

Os especialistas afirmam que a descoberta é um dos maiores avanços já registrados na história da pesquisa sobre a doença, tratando-se ainda de uma avaliação que identifica os primeiros sintomas da condição, em um teste simples e não invasivo.

“Os achados sugerem que a retina pode servir como uma fonte confiável para o diagnóstico de doença de Alzheimer”, declarou o autor principal do estudo, o Dr. Maya Koronyo-Hamaoui, neurocirurgião no Centro Hospitalar Cedars-Sinai, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

“Uma das principais vantagens de analisar a retina é a repetição, que nos permite monitorar pacientes e potencialmente a progressão de sua doença”, completa Koronyo-Hamaoui.

Até cerca de uma década atrás, a única maneira de diagnosticar oficialmente alguém com doença de Alzheimer era analisar seu cérebro de forma póstuma.

Nos últimos anos, a ferramenta mais utilizada para esse fim pelos médicos era a tomografia por emissão de pósitrons (TEP), que era feita a partir dos cérebros de pessoas vivas, para identificar marcadores da doença.

No entanto, a tecnologia é muito cara a avaliação é considerada invasiva, uma vez que é preciso injetar rastreadores radioativos nos pacientes. Como uma alternativa à esse método, a equipe do Dr. Koronyo-Hamaoui decidiu identificar uma técnica mais econômica e menos agressiva.

Para isso, foi preciso que os profissionais da área de pesquisa do Cedars-Sinai contassem com o apoio de pesquisadores da NeuroVision Imaging, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization, da Universidade do Sul da Califórnia e da UCLA para chegarem aos resultados divulgados.

Para o estudo, os pesquisadores realizaram um ensaio clínico em 16 pacientes com Alzheimer que tomaram uma solução que inclui cúrcuma, um componente natural, conhecido também como açafrão, substância dá origem ao Curry, especiaria indiana.

A cúrcuma faz com que as placas de beta-amilóide, proteínas encontradas no sistema nervoso que indicam possibilidade da doença, fiquem “acesas” na retina e sejam detectadas pela varredura desenvolvida pelos estudiosos.

Os pacientes foram então comparados a um grupo de indivíduos mais jovens e cognitivamente saudáveis. Dessa foram, os pesquisadores descobriram que seus resultados eram tão precisos quanto os encontrados através de métodos invasivos padrão.

Para o Dr. Keith L. Black, presidente do Departamento de Neurocirurgia do Cedars-Sinai, que também liderou o estudo, ressaltou que os resultados oferecem uma expectativa positiva em relação à identificação precoce da condição.


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