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Contratos, prazos e carências: raio-X do elenco do Cruzeiro para 2018

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Os dias que sucederam o título da Copa do Brasil foram pautados, no Cruzeiro, principalmente por eleições da presidência e por situações contratuais de Hudson e Mano Menezes. Os dois têm contrato terminando no fim de 2017 e precisam de novos vínculos. A nova diretoria, porém, já está trabalhando nisso.

O volante deve ser adquirido junto ao Tricolor Paulista, e o técnico também deve permanecer. Mas e o restante do elenco? Todos têm contratos longos, que possibilitam ao Cruzeiro planejar o ano de 2018 sem o risco de perder ninguém “de graça”? Nada disso. Vários jogadores importantes têm vínculos terminando na próxima temporada e precisam de atenção.

Além disso, o Cruzeiro precisa se reforçar em algumas posições. Em alguns casos por ter possibilidades reais de perder jogadores importantes, em outros por necessidade técnica. Vamos à análise por posição.

Goleiros
O dono da meta cruzeirense é Fábio, e já no camisa 1 o alerta precisa ser ligado. Fábio está “igual vinho”: quanto mais velho, melhor. A temporada 2017 dele foi impecável, e o título da Copa do Brasil serviiu para coroar isso. O contrato do goleiro de 37 anos, porém, está na reta final e vence em julho de 2018. Caso não renove o vínculo na virada do ano, Fábio poderá assinar um pré-contrato com outra equipe.

O goleiro reserva, Rafael, também já demonstrou que está pronto para assumir a meta celeste. O jogador desperta interesse do São Paulo e pode ser usado, eventualmente, como moeda de troca na negociação de Hudson. O goleiro teve uma sequência boa de jogos em 2017 – em função da lesão de Fábio – e correspondeu. Cria da base, Rafael tem vínculo mais longo: até o fim de 2021. Tudo indica que será dele a titularidade no gol cruzeirense após a aposentadoria de Fábio, independentemente de quando ela aconteça. A nova geração vem forte com Lucas França e Lucão, goleiros com muito potencial.

Conclusão: para o gol, o Cruzeiro está bem servido e não precisa de contratações.
Zagueiros
A dupla de zaga titular do Cruzeiro, hoje, é formada por Léo e Murilo. O garoto tem contrato longo, até o fim de 2021. Léo, por sua vez, tem o vínculo se encerrando no fim de 2018. Já provou que é muito útil ao elenco e deve ter o contrato renovado. Caso não aconteça, pode assinar um pré-contrato com outra equipe a partir do meio da temporada.

Além dos dois atuais titulares, o Cruzeiro tem mais três zagueiros experientes: Digão, Manoel e Dedé. O último vive uma situação física extremamente delicada, passou por uma série de cirurgias no joelho e terá uma “última chance”. É que o contrato dele termina no fim de 2018. É pouquíssimo provável que seja renovado caso ele não consiga superar a questão física e provar que ainda tem condições de jogar em alto nível.

Manoel tem contrato até o fim de 2020 e tem condições técnicas de voltar a ser titular. Já provou ser muito importante. Digão, ainda em processo de readaptação ao futebol brasileiro, tem vínculo até o meio de 2020 e é útil para compor o elenco. Além deles, o garoto Arthur, também da base, é outra opção e tem contrato até o fim de 2020.

Conclusão: com a volta de Manoel e o possível retorno de Dedé, o Cruzeiro está bem servido de zagueiros.
Laterais direitos
Talvez seja a posição mais carente no elenco do Cruzeiro. O titular é Ezequiel, que tem contrato até julho de 2019. É um lateral correto, regular, mas não consegue segurar a titularidade durante toda a temporada. Ele sofre com uma pubalgia que incomoda com certa frequência e acaba deixando, em alguns momentos, o time “na mão”. Em 2017, por exemplo, Lucas Romero, volante, chegou a ter uma sequência improvisado na lateral. Isso prova que Mano Menezes não tem confiança nos outros jogadores da posição.

Além de Ezequiel, o Cruzeiro tem, hoje, para a lateral direita, Lennon e Galhardo. O primeiro tem vínculo até o meio de 2019, mas não agrada ao treinador e pode até ser emprestado na próxima temporada, caso a Raposa ache um bom negócio. O segundo chegou contundido e ainda não conseguiu estrear. O contrato de Galhardo com o clube termina agora, no fim de 2017, mas o Cruzeiro tem a opção de renovação por mais dois anos. Tecnicamente, como ainda não jogou, a análise fica prejudicada.

Conclusão: é extremamente necessária a contratação de um lateral direito titular para a Libertadores 2018.

Laterais esquerdos
A camisa 6 do Cruzeiro tem dono. Diogo Barbosa chegou no fim de 2016, assumiu a posição em 2017 e foi um dos destaques da temporada. O contrato dele vai até o fim de 2018, mas o Cruzeiro tem a opção de renovação por mais três anos. Diogo provou que é bom o suficiente para ser titular do time, e a situação contratual está sob controle.

 

A reserva imediata é de Bryan, o único lateral esquerdo do elenco além de Diogo. Bryan tem contrato até o meio de 2019, mas, quando atuou, não passou muita segurança à torcida. Deve permanecer no elenco como opção, mas o Cruzeiro deve estudar a contratação de um outro jogador para a posição, afinal o calendário é cheio, e as chances de lesões existem.

Conclusão: é importante a contratação de mais um lateral esquerdo para compor o elenco.

Volantes
A situação dos volantes passa diretamente pela questão contratual envolvendo Hudson. O contrato de empréstimo termina agora, no fim de 2017, e o Cruzeiro quer adquirir o jogador junto ao São Paulo. Caso isso seja feito, o panorama da posição fica tranquilo para a próxima temporada. Henrique, o outro titular, tem contrato até o fim de 2019. Os jogadores reservas merecem atenção.

Desde que voltou, Lucas Silva não se firmou como titular do Cruzeiro. Revelado pelo clube, ele esbarrou na forte concorrência dos outros volantes em ótima fase e passou mais tempo no banco do que em campo. Ele está emprestado até o meio de 2018 e pertence ao Real Madrid. A tendência é que retorne à Europa após o fim do empréstimo.

Uma situação que merece muita atenção é a de Ariel Cabral. O volante, que agrada muito ao técnico Mano Menezes, tem vínculo se encerrando no fim de 2018. É importante que o Cruzeiro agilize a renovação para não correr o risco de perder o jogador no meio da temporada. Lucas Romero é outro gringo extremamente importante para o elenco, mas tem contrato mais longo: até o fim de 2020. Joga na lateral, joga no meio e já provou que é muito importante. Será muito útil na próxima temporada. Correndo por fora, o Cruzeiro tem Nonoca, que, aos poucos, mostra seu valor.

Conclusão: com a permanência de Hudson, o Cruzeiro está tranquilo em relação aos volantes, mas precisa ficar atento à renovação de Ariel Cabral e à possível reposição para Lucas Silva.

Meias
O Cruzeiro tem uma boa base de meias com “validade 2019”. Robinho, Arrascaeta e Thiago Neves têm contratos até lá e não preocupam. A menos que algo fora da curva aconteça – como uma proposta irrecusável pelo uruguaio, por exemplo -, os três ficam na Toca da Raposa em 2018 e serão, novamente, muito úteis.

Em relação aos reservas, alguns merecem atenção. É o caso de Rafinha, por exemplo, que tem mostrado ser um jogador importante para o elenco e tem vínculo que termina no fim de 2018. Elber é outro que precisa de definição. O contrato do garoto também vence no fim de 2018. Caso não seja renovado, ele pode assinar pré-contrato a partir do meio da temporada.

Além deles, o Cruzeiro tem Messidoro – com vínculo de empréstimo até o fim de 2018 – e Alex – com contrato até o fim de 2019 – como opções.

Conclusão: pela importância da temporada e a iminente disputa de Libertadores, o Cruzeiro precisa estudar com carinho a possibilidade de contratação de um meia de velocidade para compor o elenco, principalmente se não renovar com Elber e Rafinha.

Atacantes
O jogador da posição com contrato mais perto de acabar é Rafael Marques. O vínculo se encerra no fim de 2018, e ele terá o primeiro semestre para mostrar que merece a renovação. Dois outros atacantes têm contratos até o fim de 2019: Rafael Sobis e Raniel. O primeiro não vive boa fase e precisa recuperar o bom futebol na próxima temporada. O segundo é jovem, tem mostrado muita qualidade e deve, em breve, ter o vínculo estendido. O recém-chegado Sassá tem contrato até o fim de 2021, e Judivan, que está em recuperação de problemas graves no joelho, tem vínculo até o fim de 2020.

Conclusão: para a Libertadores, seria de extrema utilidade uma nova – e boa – opção ofensiva. Um atacante de beirada, por exemplo, ou um centroavante para disputar posição com Sassá.


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