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Léa Campos: Nova Chance

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Desde 2007 quando Silvia Regina encerrou sua brilhante carreira, não tivemos nossas árbitras escaladas para apitar a nível nacional.

A comissão de arbitragem resolveu dar uma segunda chance às meninas que querem levar avante e a sério essa profissão. Sabemos que é difícil, para a mulher impor autoridade e ganhar a confiança de todos, entretanto se o trabalho for focado apenas no campo de futebol tudo é possível.

O tabu já foi quebrado, agora é apenas continuar, a porta está aberta, não a fechem novamente. O Presidente da Comissão de arbitragem da CBF, Marcos Marinho, cria de novo uma enorme chance para essas meninas que sonham com o estádio cheio em um clássico regional ou nacional, é o sonho e a meta de todas.

Ele vem testando o desempenho de nossas árbitras nas Séries C e D e gostou da experiência, agora está fazendo o mesmo na série B, segundo ele é um teste para a série A.

Edina Batista atuou no jogo em Florianópolis na sexta-feira passada auxiliada pelas assistentes Tatiane Sacilotti e Neuza Back, também do quadro da FIFA e foram muito bem. “Estou muito feliz pela oportunidade e confiança que a Comissão de arbitragem está nos dando, este jogo foi importantíssimo para meu currículo e trabalhar com Neuza e Tatiane nos dá a oportunidade de ajustar o trabalho em equipe e fortalecer nosso trio”, disse Edina Batista.

A chance está dada e a sorte está lançada, agora é questão de aproveitar e agarrar com unhas e dentes, quem sabe será a última chance. Silvia Regina mostrou que o respeito não é difícil de conseguir e se trabalhar com seriedade a própria FIFA poderá escalar nossas árbitras. Não devem deixar a vaidade tomar conta da profissional e entender que campo de futebol não é salão de moda e fotos.

Tudo é possível conseguir, sempre e quando o respeito pelo trabalho esteja em primeiro plano. Parabéns à Comissão de Arbitragem pela confiança nas meninas e que não pare aí, afinal elas fizeram tudo que foi exigido dos árbitros homens e conquistaram o direito de serem árbitras e auxiliares. Estamos numa época em que esse tipo de discriminação não cabe mais. Não queremos tomar o lugar de ninguém, há espaço para todos.

 

 Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

Léa Campos


Social Press . 30/11/2017

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