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Em todos os anos que tenho no futebol, quer seja como torcedora, árbitra ou comentarista, nunca imaginei que um colega pudesse ter tal gesto de grandeza.
Não sei se as leis atualmente permitem que uma expulsão seja anulada, fizeram tantas mudanças nas regras de jogo, que honestamente não posso afirmar se é possível ou não.
O que posso dizer é que em minha época isso não era possível.
O árbitro francês Tony Chapron, pediu desculpas ao jogador do Nantis expulso, injustificadamente, no jogo contra o PSG na semana passada.
“Na partida Nantis x PSG fui atingido por Diego Carlos jogador do Nantis, devido ao choque senti uma dor aguda de uma lesão recente.
Em um reflexo ruim estiquei minha perna para o jogador. Um gesto desajeitado e inadequado”, justificou o árbitro numa entrevista à AFP.
O juiz, além de pedir desculpas ao jogador, pediu à comissão disciplinar da Federação Francesa para desconsiderar o cartão vermelho que originou a expulsão.
“Quero pedir desculpas a Diego Carlos por minha atitude”.
A origem do pedido de desculpas aconteceu, depois que as imagens do lance mostraram que o choque entre jogador e árbitro foi involuntário.
Tony Chapron está suspenso por tempo indeterminado do quadro de árbitros por decisão conjunta do diretor técnico de arbitragem, Pascal Garibian e do presidente da comissão da Federação de Arbitragem, Eric Borguini.
Diego já estava advertido com o cartão amarelo e o árbitro ao imaginar que o choque foi proposital não hesitou em mostrar o segundo, originando a expulsão.
Que sirva de exemplo para outros, errar é humano e pedir desculpas também.
Nossos juízes precisam descobrir que não são infalíveis.
Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.
Léa Campos
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