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Brasileira gere comunicação de fábrica de drones no Vale do Silício chinês

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Foi por acaso, trabalhando em um projeto de uma empresa estatal chinesa para Nicarágua e Costa Rica na área de logística que a mineira Raíssa Mendes resolveu atravessar o mundo e mudar de profissão.

Antes mesmo de anunciar o seu plano de investimento, a companhia abria a carteira para construir estádios de futebol que seriam dados de presente aos dois países.

Ela percebeu que a China conhecia muito pouco sobre o funcionamento da América Latina e vice-versa. Era uma vontade muito grande de explorar mercados tão distantes do Império do Meio, sem um foco objetivo em novos projetos, um mundo de oportunidades entre os dois lados.

Nessa época, ela ainda morava nos Estados Unidos, onde se formou em Relações Internacionais com especialização em América Latina. Foi assim que desembarcou em Xangai em 2015 para fazer um mestrado em administração e negócios.

Rapidamente ficou claro que a mudança não seria apenas de país, Raíssa também queria trabalhar com a área de tecnologia.

A China é hoje um dos países que mais destaca com novos investimentos neste segmento da economia.

Para jovens profissionais chineses, ou estrangeiros, como Raíssa, é uma terra de oportunidades. Em um mês já havia recebido vários convites de trabalho até chegar à DJI, empresa de Shenzhen e maior fabricante de drones do mundo, que domina cerca de 90% do mercado.

Gerente de comunicação da DJI, Raíssa é responsável pela conexão entre a empresa chinesa e o consumidor da América Latina, onde o Brasil é o seu principal mercado.

Movimenta as redes sociais e promove eventos para divulgar os drones de uso civil para um público variado. Tem que transitar entre os jovens que agora levam drones em viagens de lazer e querem compartilhar as imagens nas redes sociais e um grupo mais velho, o dos antigos amantes dos aviões de controle remoto que migraram para a Era dos Drones.

Trabalhar com os chineses não é fácil. A hierarquia impede que novas ideias circulem de baixo para cima. Emitir opiniões, às vezes melhores do que as de quem está acima, significa que alguém pode “perder a face”.

Esse é um dos maiores temores entre os chineses: criar situações que exponha o outro, ou fazer com que passe vergonha. Mas Raíssa diz que aprendeu a lidar com mais essa questão cultural e buscar ganhar a confiança dos colegas e chefes.

A distância da família em Belo Horizonte e o idioma são as maiores dificuldades enfrentadas pela brasileira, que garante que ainda ficará um bom tempo na China.


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