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Governo reconhece que perdeu a pista de 1.500 crianças migrantes

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As autoridades federais perderam o rastro de quase 1.500 crianças migrantes no ano passado, depois que uma agência do governo colocou os menores em casas de patrocinadores adultos em distintas comunidades de todo o país, de acordo com uma declaração apresentada na semana passada à uma subcomissão do Senado.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos estão vigiando o bem-estar dos menores que cruzaram a fronteira desacompanhados, e a agência não conseguiu localizar 1.475 crianças depois de realizar as chamadas para verificar se estão seguros.

“São os piores tutores do mundo. Não sabem onde as crianças estão”, disse a senadora democrata Heidi Heitkamp.

Uma investigação da The Associated Press em 2016 descobriu que muitos menores foram enviados para lares onde sofreram agressões sexuais, mal alimentados ou obrigados a trabalhar por pouco ou nenhum salário. Assim, não foram feitas revisões de antecedentes, os funcionários do governo raras vezes visitavam as casas e, em alguns casos, não tinham ideia que os patrocinadores acolheram muitas crianças sem parentesco, um possível sinal de tráfico de pessoas.

Os ativistas afirmam que é difícil saber quantas crianças se encontram em condições perigosas, em parte porque alguns desapareceram antes que os funcionários do departamento sociais pudessem dar prosseguimento em seus casos e nunca se apresentaram à corte.

Entre outubro e dezembro de 2017, o HHS chamou 7.635 crianças que a agência havia colocado com patrocinadores, e que 6.075 continuam vivendo nos lares adotivos, 28 fugiram, cinco foram deportados e 52 viviam com alguém mais. O resto está desaparecido, disse Steven Wagner, subsecretario interino.

O senador republicano Rob Portman deu um prazo a HHS e ao Departamento de Segurança Nacional para apresentar um plano para melhorar o monitoramento das crianças.

Portman começou a investigar depois que foi registrado um caso em seu estado, Ohio, onde oito adolescentes guatemaltecos foram adotados por traficantes de pessoas e obrigados a trabalhar sob ameaça de morte em granjas avícolas. Seis pessoas já foram condenadas e presas em uma prisão federal pela participação na rede de tráfico que começou em 2013.

O governo anunciou que começará a prender patrocinadores que contrataram traficantes para trazerem seus filhos ao país.


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