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Cirurgiões dos EUA fazem alerta sobre procedimento de ‘aumento de bumbum brasileiro’

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Um grupo de associações americanas de cirurgiões plásticos divulgou um alerta sobre os riscos do “Brazilian butt lift” (aumento de bumbum brasileiro), procedimento que aumenta as nádegas usando a gordura da própria paciente e que se popularizou nos Estados Unidos.

A operação é diferente da aplicação de PMMA, no caso do ‘Brazilian butt lift’, a gordura primeiro é retirada por lipoaspiração de outra região do corpo e depois injetada no bumbum.   De acordo com os médicos, trata-se da cirurgia estética mais perigosa de todas: a cada cerca de 3.000 pessoas que realizam o procedimento, uma morre.  A embolia pulmonar é a principal causa de morte decorrente da intervenção, segundo o especialista.  A abdominoplastia, em segundo lugar no ranking de cirurgias mais arriscadas, mata uma pessoa a cada 13 mil que se submetem à intervenção, em média, de acordo com as associações.

Nos últimos quatro anos, a demanda pela cirurgia de aumento de bumbum dobrou nos Estados Unidos, segundo Peter Rubin, professor da Universidade de Pittsburgh e vice-presidente de finanças da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS). Desde 2000, o crescimento foi de 254%. Em 2017, foram mais de 20 mil procedimentos, grande parte deles nos estados da Flórida e da Califórnia. Pode custar entre US$ 4.000 e US$ 5.000, segundo dados da ASPS.  “O aumento da demanda levou a um crescimento no número de médicos não especializados que o realizam”, diz Rubin. Ele destaca as dificuldades do procedimento e diz que mesmo bons cirurgiões podem não estar preparados para realizá-lo.

Alertas semelhantes já haviam sido feitos pelas associações, que se reuniram em uma força tarefa para investigar riscos inerentes à cirurgia, promover estudos científicos e educar cirurgiões.  Mas, desta vez, a recomendação é para não enxertar gordura no músculo de forma alguma, explica o médico Steven Teitelbaum, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASAPS).  Antes, os cirurgiões costumavam injetar a gordura no tecido subcutâneo, entre a pele e o músculo, e também na parte superficial do próprio músculo. Mas novas evidências mostram que a gordura pode chegar às veias.

O grupo de cirurgiões decidiu se posicionar de forma mais enfática após uma série de mortes ocorridas nos últimos anos causadas por procedimentos mal realizados. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo reforça a necessidade de serem observados dois pontos fundamentais antes de qualquer pessoa decidir se submeter a uma cirurgia plástica, seja para fins estéticos ou reparadores.  Primeiro, a escolha do profissional de saúde deve levar em conta a sua qualificação, com o título de especialista em cirurgia plástica emitido pela SBCP e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Segundo, é importante realizar o procedimento apenas em instalações médicas credenciadas.


Agenda Cultural 16/8/18, by Roger Costa

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