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Facebook tem 30% de notícias falsas sobre Brumadinho

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Pelo menos 30% das notícias mais divulgadas sobre a tragédia de Brumadinho na última semana eram falsas ou incorretas, segundo aponta um estudo da Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Diferente das notícias eleitorais, que têm como objetivo conseguir vantagens para grupos políticos, no caso da tragédia, fake news têm a meta de atrair compartilhadores. “A notícia sensacionalista, de aspecto emocional, gera clique”, resume o pesquisador Lucas Calil, da DAPP/FGV. “Quanto mais emocionais elas são, maior o engajamento.” Mesmo assim, segundo o pesquisador, sempre pode existir um interesse político subjacente. “Sempre pode interessar a um grupo político acelerar a investigação sobre as causas da tragédia, por exemplo”, afirmou. “Nesse caso específico, há centenas de forças envolvidas, as mineradoras, o governo do Estado, o governo federal, os governos anteriores.”

O levantamento foi feito a partir de todos os links sobre o rompimento da barragem compartilhados no Facebook das 12h de sexta-feira, dia 25 de janeiro, até as 12h da sexta-feira seguinte, dia primeiro de fevereiro. Os pesquisadores destacaram, então, os 100 links com maior volume de interações (um total de 26,9 milhões de comentários, compartilhamentos e reações), foram analisados mais a fundo. Nada menos que 30 deles apresentaram recursos de desinformação. Segundo o estudo, a maior parte dos links de maior alcance de desinformação é de aspecto emocional. Ou seja, os links mostram imagens de resgate de pessoas e, principalmente, de animais que, na verdade, não são verdadeiros. Um dos vídeos mais divulgados, segundo o levantamento, é atribuído a um salvamento dos militares israelenses, que ocorreu, na verdade, na guerra da Síria.

 


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