Jovem de 26 anos foi sequestrada no dia 27 e foi encontrada apenas na última terça-feira. Família é de Fernandópolis, no interior de São Paulo.
A mãe da arquiteta Isabella Hurtado, de 26 anos, que foi sequestrada e ficou desaparecida por quase uma semana no México, afirmou ao G1 que a família deve trazer a jovem de volta para o Brasil depois do susto que a filha passou. “Mesmo com a vida dela estruturada [México], a vida não tem valor que pague. Estamos organizando algumas coisas, documentos dela que foram roubados, como o passaporte, o visto permanente e estamos aguardando. A intenção é ela morar comigo em São Paulo”, afirma a mãe, Elissandra Hurtado.
Isabella, que tem família em Fernandópolis (SP), foi sequestrada no dia 27 de março, depois de sair de uma agência bancária. A mãe conta que a filha não se lembra como tudo aconteceu, mas que foi rendida por cerca quatro homens. “Ela foi até o banco pagar a compra de alguns móveis e sacou dinheiro para comprar um celular. Ela saiu do banco de moto e estava indo para casa, quando foi rendida. Jogaram a moto e ela dentro de um veículo e a levaram”, diz a mãe.
Buscas
Elissandra soube do desaparecimento da filha no dia seguinte e, no domingo, foi para o México acompanhar as buscas. Isabella foi encontrada pela polícia mexicana na terça-feira (2), em uma casa abandonada em outra cidade. Ela estava amarrada e com sinais de agressão. A arquiteta foi levada para um hospital e recebeu alta no dia seguinte. “Ela achou o tempo inteiro que iria morrer, mas acreditava que a família iria fazer de tudo para tentar encontrar. Ela sabia que íamos em busca dela”, diz a mãe.
Enquanto estava desaparecida, o filho de 8 anos, que nasceu no Brasil, ficou sob a guarda dos avós paternos, que são mexicanos. Segundo a mãe, Isabella está separada do marido há cinco anos, e atualmente ele mora em Playa del Carmen. “É um processo muito traumático para ela. A polícia mexicana e o Consulado Brasileiro ajudaram muito em todos os aspectos. A gente já está liberada pela polícia. A Isabella é vítima e estamos aguardando documentos apenas para retornar”, afirma.
O que diz o Itamaraty
O G1 procurou o Itamaraty, que confirmou ter conhecimento do caso e que vem prestando assistência possível para a família por intermédio do Consulado-Geral do Brasil no México. A nota diz ainda que tem o auxílio policial junto à Embaixada do Brasil naquele país. O Itamaraty informou que o Consulado-Geral do Brasil no México também se encontra em permanente diálogo com as autoridades mexicanas federais e da localidade onde os fatos ocorreram, procurando levantar informações e apoiando a família nos contatos com essas mesmas autoridades. O Itamaraty termina a nota dizendo que por causa da Lei de Acesso à Informação e em respeito à privacidade dos cidadãos brasileiros não pode fornecer informações pessoais sobre o caso.
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