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EUA: Em testes, identificação facial nos aeroportos já encontrou 7 mil ilegais em voos domésticos

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Sistema ainda está em testes. O controle de segurança internacional EUA quer implementar reconhecimento facial em quase todo o país.

Desde 2017, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) vem testando um serviço tecnológico para o controle de entrada e saída nos aeroportos e portos denominado “Saída Biométrica” (Biometric Exit, em inglês), que consiste em identificar os passageiros que realizarão viagens internacionais por meio de reconhecimento facial. O sistema, desenvolvido pelo próprio Departamento, fotografa os passageiros que estão prestes a embarcar, combina essas informações com os dados de visto e passaporte presentes no sistema e verifica se o indivíduo está apto a sair do país. Se houver algum problema documental – como vencimento de visto -, o sistema identifica imediatamente e pode causar em expulsão do país por dez anos.

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Até o fim do ano passado, esse serviço estava sendo testado em quinze aeroportos espalhados pelos Estados Unidos e chegou a identificar cerca de 7 mil passageiros que ultrapassaram o tempo limite que poderiam permanecer no país, e 666.582 mil viajantes sem documentação por barcos ou navios – mais do que o número de imigrantes ilegais por terra. Segundo o relatório disponibilizado nesta semana pelo site oficial do órgão de segurança, “A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA está trabalhando em direção a implementação total da saída biométrica no ambiente aéreo nos próximos quatro anos para reportar mais de 97% dos viajantes comerciais que sairão dos Estados Unidos.”

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No entanto, defensores da privacidade dos indivíduos e parte da população estadunidense se preocupa com o fato do governo manter armazenados tais dados sobre toda e qualquer pessoa que passa pela imigração, no que a CBP respondeu que as imagens são guardadas apenas por um curto período de tempo, e as dos residentes serão apagadas assim que a verificação for concluída. Até o momento, a prioridade para implementação total desse serviço consiste em aeroportos e portos, mas o país demonstra interesse em aplicar a tecnologia para aqueles que chegam por terra, por meio de um um dispositivo móvel com as mesmas funções – no sul do Texas, já existe uma operação teste para reforçar a segurança da fronteira com o México.

Entenda o sistema

O sistema de imigração dos Estados Unidos foi desenhado para rastrear as pessoas que entram no país, não quem sai. Há mais de duas décadas, porém, as autoridades tentam encontrar uma forma eficaz de acompanhar os estrangeiros que deixam suas fronteiras, especialmente para encontrar aqueles que permaneceram lá por mais tempo do que seus vistos permitiam. A agência responsável pela proteção das fronteiras do país diz ter encontrado uma solução: o reconhecimento facial. A expectativa é escanear 97% dos passageiros de voos comerciais nos próximos quatro anos, segundo um relatório do Departamento de Segurança Nacional.

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O sistema envolverá câmeras instaladas nos portões dos aeroportos. Os passageiros irão tirar uma foto antes de embarcar. Com o cruzamento entre essas imagens e as fotos de visto e passaporte, será possível identificar quem está saindo dos EUA. Se estiver tudo em ordem, o sistema registra a saída daquela pessoa. Se houver algo errado, as autoridades da imigração irão verificar os dados. Nos Estados Unidos, quem fica mais tempo do que o permitido em seu visto pode ter sua entrada barrada por até 10 anos. O sistema de reconhecimento facial poderá eventualmente substituir o atual, que depende dos relatórios enviados pelas companhias aéreas.

Até meados do ano passado, as autoridades instalaram câmeras em 15 aeroportos norte-americanos. Os testes envolveram 15 mil voos e foram identificados 7 mil viajantes que estenderam sua permanência além do permitido. A alfândega calcula que 666.582 pessoas chegaram por avião ou navio e permaneceram no país além do permitido em 2018. Nos últimos anos, essas pessoas passaram a representar uma proporção maior entre os imigrantes ilegais do que aqueles que entraram nos Estados Unidos sem visto algum. Segundo o Quartz, o sistema tem atraído críticas por invadir a privacidade dos passageiros. A agência de proteção de fronteiras diz que as imagens são criptografadas e que só serão armazenadas por um breve período de tempo.

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