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Mais uma porta fechada para imigrantes: Reino Unido analisará qualificação profissional

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O Reino Unido fechará as suas fronteiras para imigrantes com pouca qualificação ou que não falem inglês, agora que o Brexit entrou em vigor. A informação foi publicada pelo governo em um comunicado sobre as novas políticas de imigração nacionais após a saída da União Europeia (UE).

Segundo o documento de dez páginas, imigrantes europeus e não europeus serão tratados igualmente a partir de agora. “Vamos reduzir os números gerais de imigração e dar prioridade para aqueles com as maiores habilidades e talentos: cientistas, engenheiros, acadêmicos e outros trabalhadores qualificados”, afirma o governo. As autoridades deixam claro que não pretendem permitir que uma “rota geral ou temporária de trabalho pouco qualificado” se instale. “Precisamos mudar o foco de nossa economia da dependência de mão-de-obra barata da Europa e, em vez disso, nos concentrar no investimento em tecnologia e automação. Os trabalhadores precisarão se ajustar”.

A exigência de que qualquer imigrante fale inglês também passará a ser implantada. O comunicado não detalha como o nível de conhecimento da língua deverá ser comprovado. O governo do Reino Unido passará ainda a exigir que todos os imigrantes, mesmo os europeus, apresentem passaportes para cruzar as fronteiras do país. Até então, cidadãos de países membros da UE podiam ingressar em território britânico usando apenas um documento de identificação comum. O Partido Trabalhista, de oposição ao governo do primeiro-ministro Boris Johnson, criticou as medidas. Segundo a legenda, esse “ambiente hostil” tornará muito mais difícil para o Reino Unido atrair qualquer trabalhador.

A porta-voz da área de empregos do partido, Diane Abbot, acusou o cinismo que, segundo ela, cerca o anúncio governamental. “A maioria das pessoas que vêm ao Reino Unido hoje já fala inglês. Vamos realmente vetar gênios da matemática porque seu nível de inglês não é aceitável? É uma medida desumana e nociva”, declarou. A Confederação da Indústria Britânica se mostrou mais prudente em suas críticas, mas advertiu para os problemas que as medidas podem trazer para determinados setores. A presidente da organização, Carolyn Fairbairn, elogiou a ampliação do limite legal do número de trabalhadores altamente qualificados que poderão ser admitidos, mas alertou para “as dificuldades que algumas empresas terão para contratar o pessoal do qual necessitam para continuarem ativas”.

 


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