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Ana Santos: Fim do programa europeu de ajuda alimentar reduz para metade apoio em Portugal

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Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome considera «muito urgente» que o Estado assegure a continuidade do auxílio.

Ramalho Eanes considera “inaceitável” haver crianças a passar fome

O Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), que termina no final do ano, será substituído pelo Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas Mais Carenciada, cujo orçamento para o período 2014/2020 não deve ser inferior a 3,5 mil milhões de euros, conforme defendeu o Parlamento Europeu em junho.

O PCAAC tem sido, desde 1987, uma importante fonte de aprovisionamento para as organizações que trabalham diretamente  com os mais carentes, distribuindo cerca de 500.000 toneladas de alimentos por ano.

Em Portugal, cerca de dois milhões de pessoas vivem em situação de pobreza, das quais cerca de 160.000 não tinham, em 2012, possibilidades financeiras para uma refeição de carne ou peixe, pelo menos de dois em dois dias, segundo dados da Federação dos bancos alimentares.

fonte: tvi24.iol.pt

Morre sexto bombeiro voluntário por causa de incêndios em Portugal

Lisboa – Morreu na terçca-feira (3), à noite o bombeiro Bernardo Cardoso (18 anos), ferido na semana passada com queimaduras em 55% do corpo após combate a incêndio florestal na Serra do Caramulo (Norte de Portugal). Por causa do mesmo incêndio, também morreu a bombeira Cátia Pereira Dias, de 21 anos, na semana passada.

Com isso, sobe para seis o número de bombeiros mortos por causa do combate ao fogo nas florestas, durante o mês de agosto, em Portugal. Todos eram de brigadas voluntárias. Há outros bombeiros gravemente feridos e internados após combate a incêndios. Desde 1980, 108 bombeiros portugueses morreram devido a incêndios.

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, os incêndios florestais em Portugal consumiram, até o fim de agosto, área de 94 mil hectares, “mais 25% do que em igual período de 2012”, compara a Agência Lusa. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto foram registradas mais de 14,1 mil incêndios, menos 1.690 ocorrências do que o contabilizado nos oito primeiros meses do ano passado.

Uma comissão interministerial faz um levantamento sobre as situações mais graves causadas pelos incêndios. “Nas duas últimas semanas ocorreram tragédias que vitimaram cinco bombeiros [agora seis] e deixaram outros em estado grave. Tenho acompanhado a situação e sou testemunha dessa realidade”, disse o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, na página do governo federal.

Além do aumento da temperatura, comum nesta época do ano, da falta de cuidado em terrenos e de ações criminosas como as queimadas não autorizadas (que também ocorrem nesta época no Brasil), há piora das condições de trabalho para os bombeiros nos últimos anos, como a forte austeridade nos gastos públicos. Por causa de uma alteração na lei que regulamenta o transporte de doentes diminuiu, por exemplo, este ano a receita para as corporações.

Conforme a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV), 80% do efetivo são formados por voluntários (não remunerados, sem dedicação exclusiva e com outras profissões). Desde 2011, ano do início do programa de ajustamento econômico de Portugal, a associação tem criticado o governo. “…um cidadão só é bombeiro voluntário pela sua enorme vontade de o ser, já que o saldo do benefício do exercício deste ato cívico é clara e unicamente favorável ao governo, pois tudo exige e nada retribui”, registrava há cerca de dois anos o site da entidade.

O presidente da APVB, Rui Silva, disse à Agência Brasil que os bombeiros voluntários combatem incêndios florestais com uniforme de algodão (inadequado) e sem o equipamento de proteção individual (EPI) completo. Ele teme que a licitação de EPI que está sendo feita neste momento (no total de 7 milhões de euros) pelos municípios esteja com valores subdimensionados, mal especificados e sem controle de qualidade.

Segundo Silva, se o valor não for devidamente aplicado, a associação vai processar judicialmente a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). “Os bombeiros voluntários se constituíram para fazer aquilo que o Estado não faz. Achamos que o papel do governo deveria ser, no mínimo, de incentivo e apoio”, acrescentou.

Na manhã de ontem (4), (9h, hora de Lisboa), a ANPC registrava 77 ocorrências de incêndios florestais desde a meia-noite em Portugal. Como ocorre há alguns dias, mais de 30 municípios portugueses, a maioria na Região Norte e no Centro do país, apresentam risco máximo de incêndio – conforme monitoramento do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.


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