A comunidade brasileira de Massachusetts respondeu ao chamado para ‘lutar’ pelo direito de ter carteira de motorista. Cerca de 150 brasileiros foram à audiência pública para apoiar a lei H. 3285. A sala B2 ficou tão lotada, que os organizadores fecharam as portas. Militantes do “Tea Party” também marcaram presença, mas em menor número do que os brasileiros. Na terça-feira, 5, foram ouvidas 40 propostas de leis variadas. A da carteira de motorista aos indocumentados foi a última e começou a receber depoimentos depois das 16h00.
Segundo a brasileira Ana Luísa, os argumentos daqueles que depunham contra a lei H. 3285 sempre voltava ao tema imigração. “Eles falavam que os imigrantes que não têm Social Security não têm direitos,” disse Ana. Em seguida, imigrantes falavam a favor do projeto porque “todo mundo paga imposto aqui no estado”. Para a ativista Natalícia Tracy, diretora executiva do Centro de Imigrante Brasileiro, foi “muito bom ver o povo participando, está todo mundo surpreso com tanta participação”. Enquanto um grupo ficava na sala B2, outros ativistas faziam visitas nas salas dos deputados e senadores para pedir apoio ao projeto.
“De 6 deputados que nós visitamos, a maioria ficou a favor. Apenas um se disse indeciso, e outro se disse contra, que foi o Marc Pacheco de Taunton,” disse o brasileiro Alberto de Medford. Para a ativista Heloisa Galvão, do Grupo Mulher Brasileira, a mensagem mais importante é a da segurança nas estradas. “Se o projeto for aprovado, todo mundo vai ter mais segurança: o brasileiro por não precisar mais ter medo da polícia e o americano por saber que se ele se envolver num acidente, o outro motorista não deixará a cena do acidente,” disse Heloisa em entrevista à rádio 650 AM. O projeto segue no Comitê de Transportes, e pode ser trazido para a votação na Câmara nas próximas semanas.
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