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Faço parte de uma multidão de mais de 15 milhões de brasileiros que não tem religião. Por favor, não confundam com ateu, nós que não temos religião acreditamos em Deus, e muito mesmo. Eu particularmente me classifico como deísta. O deísmo é uma posição filosófica naturalista que aceita e crê na existência de Deus. Leio a Bíblia, respeito o que lá está escrito e frequento lugares onde se fala o nome de Deus, independente da nomenclatura, seja evangélica, católica ou outras tantas que existem. Já que Deus nosso pai criador onipotente é o Deus dos budistas, umbandistas e mulçumanos, quer eles queiram ou não, só ele mandou seu filho à terra para nos salvar, é um direito constitucional cada um professar sua fé e cabe a todos nós respeitarmos este direito universal de todos os seres humanos. Agora no Brasil, querem obrigar nossas crianças assistirem aulas de religião (leia-se católica). Decisão errada, medida burra do governo brasileiro, pois as igrejas evangélicas, católicas, luteranas, pentecostais, os espíritas, os umbandistas, budistas, as sinagogas e as mesquitas já fazem isso de graça, sem qualquer custo para o povo. Cada um segue o caminho que desejar. Nas escolas devem reforçar o ensino das matérias nas áreas de exatas (matemática, física, química e biologia), melhorar o ensino do português, já que o povo fala e escreve muito mal. Incentivar os conhecimentos de história e geografia, quem sabe se desta forma os nossos analfabetos funcionais, que desenham o nome, possam se informar melhor e ter um futuro menos sombrio. O ensino religioso é da alçada familiar, uma questão de família e não do estado. Cabe à família ensinar e encaminhar a religião dos filhos e não o estado. Essa medida de religião nas escolas não cabe na atual conjuntura brasileira. Além de ser inconstitucional, já que na Cara Magna consta que o estado brasileiro é laico, pois a Constituição Brasileira e outras legislações preveem a liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às manifestações religiosas. No Artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) está escrito:
“VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;”
Contudo, a laicidade do estado pressupõe a não intervenção da igreja no estado, um aspecto que contraria essa postura é o ensino religioso nas escolas públicas, portanto amigos leitores, não será aula de religião nas escolas que mudará nossa atual realidade de corrupção, violência, falta de respeito às leis de Deus e dos homens. Veja o caso de alguns países teocráticos onde a religião exerce o controle político e na definição das ações governamentais. Nos países teocráticos, o sistema de governo está sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: Vaticano (igreja católica), Irã (república islâmica), e Israel (estado judeu). Deixem o ensino da religião a cargo das famílias e de nossas igrejas…nas escolas apenas matérias exatas e humanas… A todos uma boa semana e que Deus seja louvado e na sua justa bondade tenha piedade e clemência do povo da República corrupta omissa Federativa do Brasil.
Não custa ficar sabendo: laico, que não tem religião definida, respeitando todas as manifestações dos credos religiosos e da fé.
Forma erudita de leigo. Não religioso. O Brasil é um estado laico, pois respeita qualquer manifestação de credo religioso e fé.
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