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Francisco Sampa: Socorro, o piloto da American Airlines sumiu…

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O jornalista Francisco Sampa exibe para  as  câmeras o lanche servido
após 3  horas  de  atraso em Miami 9 agua quente e uma barra de cereal

francisco_sampaFrancisco Sampa

É a  realidade imitando a ficção hollywoodiana, foi por essa  experiência que passei além de muita confusão  no  aeroporto de  New York, o  JFK, ao tentar embarcar em  voo  de regresso ao Brasil   via  Miami. Como diz a música do Netinho, tudo começou por  volta das  19h00 da noite de sábado,  dia 21 de junho de 2015. Muitas pessoas tentavam embarcar para vários destinos  no Brasil  como BH, SP, RJ, CE e outros estados, um agente do check in da empresa anunciou que o voo  AA 2351 com decolagem prevista para as 19h05 sairia atrasado por problemas  metereológicos e não haveria tempo  hábil para o embarque do voo AA 905 com decolagem prevista para as 23h59 com destino ao Rio de Janeiro. Até aqui tudo normal, pois os atrasos fazem parte do cotidiano dos viajantes. O   questionamento   foi a maneira  como o agente  conduziu a situação. No balcão não havia ninguém que falasse   português e o agente, identificado como Jean, com aparência de origem haitiana, portanto  negro  como eu,  só se  dirigia  aos  brasileiros sempre em inglês, porém  quando   os passageiros eram haitianos ele usava o francês e o  dialeto criolo, língua falada no Haiti e em Cabo Verde. Abordei o mesmo e perguntei o porquê de não haver alguma pessoa que  falasse português e o Sr. Jean  mandou que os brasileiros se dirigissem ao telefone de serviço próximo  ao Portão  38  no terminal  8 da American Airlines, telefone este  que estava  fora de serviço. Formada a confusão, ninguém apareceu para dar satisfação, pessoas que viajaram de  Boston e Filadélfia tiveram de dormir no aeroporto, pois o Sr.  Jean com sua educação equina informou que a empresa não forneceria hospedagem, nem lanche aos passageiros e que cada um se virasse   como quisesse, o tradicional help yourself  and good luck. Os passageiros tinham  duas opções: ou ficar em New York ou seguir para Miami  e  caso  não  pegassem a conexão com o voo  AA 905 para o RJ,  Brasil, deveriam dormir no aeroporto à espera de um voo  no domingo dia 21. Usando da minha teimosia misturada  com fé  e perseverança,  segui  no   voo  AA 2351 QUE decolou às 20h55  e aterrissou em Miami  às  23h45 no  Portão  D23.

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Ficamos sabendo pela multidão de passageiros que estavam a espera do voo AA 905, que o mesmo estava atrasado em  1h05 minutos,  nova decolagem prevista  para a 1h00 da madrugada, chegada a hora prevista   já na madrugada. O painel  de informações de voo foi apagado conforme os senhores podem ver na foto, novo  horário   foi  anunciado e outra confusão  formada  e tal como  em New York, ninguém para dar as devidas e merecidas explicações aos passageiros de várias nacionalidades,   sendo a maioria composta  por brasileiros, uns regressando da Disney  e outros indo visitar parentes na pátria mãe. De acordo com a lei, passadas três  horas de atraso, que a empresa deve fornecer  lanches e em alguns casos hospedagem, nenhuma nem outra coisa  foi providenciada, nem sequer  uma explicação. Diante  deste quadro me dirigi  ao  agente do check in e indaguei ao mesmo os reais motivos do atraso, pasmem  senhores,  com a resposta do mesmo… “ não temos piloto disponível para este tipo de avião no momento”. O  avião em questão é o famoso e  moderno Triplo Seven, um Boing 777  ER 200. Para os não familiarizados com siglas  da  aviação  ER significa  Extra Ranger 9  longo alcance  ampliado, o funcionário  informou que o comandante estava no aeroporto de Miami, porém a tripulação  não tinha  o  primeiro oficial  que atua como  copiloto, e eles estavam a espera de que a empresa  mandasse um  do aeroporto de  Orlando  que fica a uma  hora  de  voo  de Miami. Após todo o tempo de espera foi servido uma barra de  cereal de aveia  com água em estado natural, quase morna sob o calor de Miami e todas as lanchonetes do aeroporto  já estavam fechadas. O cenário era desolador,  idosos alguns em cadeiras de rodas, crianças de  todas as  idades cansadas  e com fome espalhadas  no saguão  do  Gate D 21 à mercê da própria sorte e do descaso dos funcionários de uma das maiores empresas de aviação do mundo,  com mais de 600  aviões. Quando finalmente  o  copiloto  primeiro oficial  deu o ar da graça  foi ovacionado com palmas e vaias, se houvesse ovos no local ou teriam sido degustados  ou usados como  armas   contra o mesmo. Para intimidar os passageiros, alguém da empresa teve  a infeliz ideia de colocar no check  in  três ilustres agentes da  polícia de Miami, com a intenção de intimidar  os revoltados passageiros. Diante desta  narrativa, só me  resta dizer American Airlines shame on you,  only lamento,  respeitem seus  clientes e tenham  mais cuidado e atenção  com  os brasileiros, afinal se  vocês aumentaram a frequência de voos  para o Brasil porque nós  somos atrativos  e temos  um very good market…  think about… antes que  faltem pilotos e comecem a sumir os passageiros.


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1 Comment

  1. Bem feito pega vôo de promoção que vai parando em todos os lugares e isso aí é pra vc tá bom demais kkkkkkkk Abraço

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