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Por que a pena de morte tem sido cada vez menos usada nos EUA?

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Os Estados Unidos registraram em 2015 um número historicamente baixo de execuções e sentenças de morte, revela um relatório divulgado na quarta-feira pelo Death Penalty Information Center, com sede em Washington.

Segundo o documento, as 28 execuções de condenados a morte registradas neste ano representam queda de 20% em relação a 2014 e o menor número desde 1991, quando 14 prisioneiros foram executados.

Foi também a primeira vez em 24 anos que o número de execuções ficou abaixo de 30. No ano passado, 35 prisioneiros foram executados.

O número de sentenças de morte caiu 33% em relação a 2014 e é o mais baixo desde os anos 1970, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu a pena de morte (de 1972 a 1976).

Neste ano, 14 Estados e o governo federal sentenciaram 49 pessoas à morte. Em 2014, foram 73 sentenças de morte.

Apenas seis Estados: Flórida, Geórgia, Missouri, Oklahoma, Texas e Virgínia, conduziram execuções, o menor número em 27 anos, sendo que três deles (Texas, Missouri e Georgia) foram responsáveis por 86% das execuções.

O relatório indica que 2% dos condados americanos são responsáveis por mais da metade dos prisioneiros condenados à morte nos Estados Unidos.

Desde 1976, quando a pena de morte voltou a ser adotada, 1.422 pessoas foram executadas nos Estados Unidos. O ápice foi em 1999, com 98 execuções. Desde então, a tendência tem sido de queda.

Neste ano, o número de prisioneiros no corredor da morte (2.984) ficou abaixo de 3 mil pela primeira vez desde 1995. A pena de morte é adotada em 31 Estados americanos e também pelo governo federal. Dezoito Estados aboliram a prática.

Em um 19° Estado, o Nebraska, a pena de morte foi abolida em uma votação no legislativo em maio deste ano, mas a nova lei foi suspensa depois que políticos e ativistas favoráveis à prática coletaram 143 mil assinaturas para reverter a decisão.

A questão será votada pelos eleitores do Estado em um referendo em novembro do próximo ano.

Vários fatores explicam o declínio no uso da pena de morte.

Desde 1973 um total de 156 pessoas no corredor da morte foram exoneradas depois que se comprovou que eram inocentes e haviam sido condenadas injustamente, muitas delas depois de passar décadas na prisão.

Somente neste ano, seis prisioneiros no corredor da morte foram exonerados de todas as acusações. Pelo menos 70 pessoas com execuções marcadas para 2015 receberam adiamentos, suspensão ou comutação da pena.

Estudos em diversos Estados indicam ainda que os custos da pena de morte são maiores do que os de manter um condenado em prisão perpétua. Outro fator é a dificuldade enfrentada já há alguns anos pelos Estados para obter as drogas usadas na injeção letal.


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