O governo se mantêm firme na sua política de deportação de indocumentados e está concentrando seus esforços para expulsar os imigrantes que cruzaram a fronteira no último ano e meio, disse Marsha Catron, porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS).
Ela explicou que os indivíduos que estão sob a mira das autoridades de imigração são aqueles que atravessaram a fronteira após 1 de janeiro de 2014, ou receberam uma ordem final de deportação em um tribunal de imigração e não têm qualquer solicitação pendente de asilo humanitário.
Entre os imigrantes indocumentados que entraram no país no último ano e meio, estão milhares de crianças que atravessaram a fronteira desacompanhadas durante o verão de 2014, que tentaram fugir da violência e da falta de oportunidades econômicas em seus países de origem, principalmente El Salvador, Guatemala e Honduras.
A grande chegada de crianças aos EUA no verão de 2014, desencadeou uma crise migratória sem precedentes na fronteira sudoeste. “Como já dissemos várias vezes, o Departamento de Segurança Interna deve aplicar a lei de acordo com as nossas prioridades. A nossa principal prioridade é a segurança de fronteira e pública”, observou Catron.
Assim, o Governo reagiu a algumas notícias coletadas pela Reuters, citando um documento do ICE, que aponta para um novo plano das autoridades de imigração para deportar em maio e junho muitas mães e crianças em situação irregular que entraram ilegalmente no país vindos principalmente da América Central.
Esta informação levou à rejeição de três congressistas democratas, Bernie Sanders, candidato presidencial e várias organizações pró-imigrantes, como o CHIR de Los Angeles e o FIRM.
O senador de Vermont pediu ao presidente Barack Obama que estenda a todos os imigrantes da América Central o Temporary Protected Status, algumas permissões que o Governo atribui de forma extraordinária aos nacionais de países afetados por conflitos ou desastres naturais.
Enquanto isso, três legisladores democratas, Lucille Roybal-Allard, Zoe Lofgren e Luis Gutierrez, disseram em um comunicado que pediram mais informações da Casa Branca e do Departamento de Segurança Interna para saber se os alvos das deportações são mulheres e crianças.
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