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Cargueiro gigante sul-coreano ‘afundou em alta velocidade’, afirmam sobreviventes

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Dois filipinos que podem ser os únicos sobreviventes de um naufrágio de um navio cargueiro no Atlântico Sul disseram ter visto a embarcação afundar, em alta velocidade, diante do bote salva-vidas em que escaparam.

O gigantesco navio de carga Stellar Daisy, operado pela empresa Polaris Shipping (Coreia do Sul) e com bandeira das ilhas Marshall, transportava 260 mil toneladas de minério de ferro do Brasil para a China. Havia deixado o porto de Itaguaí, no Rio, na semana passada, com 16 tripulantes filipinos e oito sul-coreanos.

A última informação sobre o paradeiro do navio de 312 metros de comprimento era de sexta-feira (31), quando um tripulante enviou uma mensagem à empresa dona do cargueiro para informar sobre entrada de água na embarcação.

“Eles (sobreviventes) ouviram um forte ruído. Em seguida, a tripulação foi avisada que o navio estava se partindo e que deveriam abandoná-lo imediatamente”, afirmou à BBC Brasil o capitão Gaston Jaunsolo, porta-voz da Marinha uruguaia.

Com a situação de emergência, os dois filipinos saltaram ao mar e conseguiram alcançar um dos botes lançados na água.

Stellar Daisy desapareceu a 3,7 mil km de Montevidéu e a 2,5 mil km do Rio de Janeiro, segundo a Marinha brasileira.

Segundo o porta-voz da Marinha do Uruguai, as buscas para encontrar os demais 22 tripulantes “não teve avanços”. Esperanças de encontrar novos sobreviventes se reduzem com o passar dos dias.

‘Foi muito rápido’

As buscas vêm sendo coordenadas pela Marinha uruguaia, com apoio de Brasil e Argentina. Uma fragata brasileira deve chegar à região do acidente na quinta-feira, e um avião brasileiro sobrevoa a área à procura de sobreviventes.

“Não sabemos ainda qual é a causa (do acidente). Mas eles (sobreviventes) assistiram enquanto o navio afundou. Disseram que foi muito rápido. Não disseram se o navio de fato se rompeu”, disse Jaunsolo.

Apesar de sua dimensão, o Stellar Daisy sumiu deixando até agora apenas alguns salva-vidas como rastro – os botes foram encontrados vazios por navios mercantes na região.

Havia ainda, segundo Jaunsolo, um forte odor de combustível na área das buscas. O cheiro, disse o porta-voz, poderia indicar a ruptura de um tanque de combustível ou a inundação da sala de máquinas.

O testemunho dos dois filipinos será crucial para tentar desvendar o que aconteceu com o navio.

Sobreviventes embarcados

Apesar de a área do naufrágio ser de águas internacionais, o governo uruguaio tem responsabilidade de busca e salvamento na região.

Desde sexta-feira, navios mercantes que estavam nas imediações do acidente vêm conduzindo as buscas, após direcionamentos pela Marinha uruguaia.

Os filipinos sobreviventes estão a bordo de um desses navios – continuam, portanto, embarcados na área do acidente que testemunharam.

Segundo Jaunsolo, eles foram atendidos a bordo do navio e lá permaneceram por não demandarem maior atenção médica. “Eles não estavam em más condições de saúde e o atendimento a bordo foi o suficiente.”

Os filipinos tiveram que esperar cerca de 24 horas nos salva-vidas até o resgate, no sábado.

O navio Elpida, que agora abriga os dois tripulantes como passageiros, estava a caminho de Cingapura, e retomará o percurso assim que as buscas forem encerradas.


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