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Léa Campos: Sem Milagre, Mas com Objetividade

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Nossa seleção feminina ao que parece está sendo olhada com seriedade, precisamos acreditar que é assim. A contratação de uma técnica sem vínculo com nossas atletas fará o diferencial, não podemos colocar em campo jogadoras que gostamos e sim as que respondam ao objetivo coletivo tanto do esporte como do povo.

Pia Sundhage, de origem sueca, chegou para organizar a casa, evidentemente não podemos esperar os frutos logo no início, temos que ter a mesma paciência que tivemos com Vadão e Emily e que não nos deram os resultados que esperávamos. É claro que Pia terá que estudar o potencial das jogadoras que terá a disposição, infelizmente algumas jogam fora do Brasil o que sempre dificulta fazer um plano coletivo.

Mas como costumo dizer, a galinha come um quilo de milho, mas o faz grão por grão. Marta é escolhida por Pia, não apenas por seu talento como também para falar o idioma da técnica, o sueco, o que certamente ajudará em muito. Pia visa as Olimpíadas de 2020, apesar  do tempo ser curto, ela certamente terá uma carta extra para adequar as meninas em pouco tempo. Na convocação feita por Pia, ela dá a entender que quer renovar e isso é importante, temos que buscar internamente atletas que estão no Brasil e que esperam uma oportunidade, sem renovação vamos o mesmo de sempre.

  • A técnica justificou a convocação da camisa 10 :”Marta é uma jogadora importante, muito importante na verdade, ela tem coração certo para fazer o melhor dela, além de falar sueco, conhece o futebol e os costumes suecos, por isso é importante para a equipe”. Destacou a treinadora. A lista de Pia inclui várias atletas que atuam no Brasil:

    Goleiras: Aline Reis (Tenerife), Barbara (Avaí/Kindermann);

    Defesas: Leticia Santos (Frankfurt), Fabiana (Internacional) Joyce ( Tenerife), Tamires (Corinthians), Kathellen (Bordaux), Monica (sem clube deixou o Corinthians recentemente), Erika  (Corinthians), Bruna Benites (Internacional);

    Meias: Thaisa (Real Madrid), Formiga (PSG), Luana (KSPO), Yaya (São Paulo;

    Atacantes: Andressa Alves (Roma), Geyse (Benfica), Marta (Orlando Pride), Millene (Corinthians), Debinha (North Carolina Courage), Chu (Changchun Dazhong), Bia Zaneratto (Incheon Hundai), Ludmila (Atlético de Madrid), Raquel (Sporting).

Pode não agradar a muitos, mas e o mais relevante, agora com uma técnica permanente em nosso pais, ela terá tempo de pesquisas e assistir aos jogos femininos e fazer sua avaliação, temos potencial para ser a melhor seleção feminina do mundo, basta não agir com proteção. Só serão levadas em conta quem realmente joga e quer representar bem nosso país. As Olimpíadas de Tóquio no próximo ano servirá de base para o próximo Mundial Feminino. Agora nos resta torcer e desejar sorte para nossas meninas e apoiar a técnica, uma pessoa séria e que já mostrou em outros países que capacidade é o que ela mais tem, só precisa de apoio e condições para trabalhar.

Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

Léa Campos


Social Press . 12/09/2019

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