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240 mulheres escravizadas sexualmente por líder de culto no Brasil

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Das mais de duas centenas de vítimas, oito são menores. Detido em Belo Horizonte, Roney Schelb negou todas as acusações e garante estar inocente.

Roney Schelb foi acusado, na passada segunda-feira, de ter abusado sexualmente de mais de duas centenas de mulheres durante quatro anos, em 11 estados diferentes do Brasil. O homem, de 32 anos, foi detido em Belo Horizonte na sequência de uma investigação levada a cabo pela Polícia Civil, após uma das vítimas ter procurado ajuda junto da unidade de crimes cibernéticos da referida força policial. Após a detenção, em dois dias, o número de vítimas subiu de 170 para 240, acrescentando que na maior parte dos casos as mulheres alegaram terem sido violadas ou obrigadas a enviar vídeos pela internet a terem relações com animais ou outras pessoas.

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De acordo com a investigação realizada pela Polícia Civil, citada pelo referido órgão de comunicação-social brasileiro, Roney Schelb assumia-se como o líder de um grupo de jovens da Renovação Carismática de uma igreja católica em Muriaé, na localidade de Mata Mineira. No entanto, as autoridades consideram que esta é apenas uma das personagens que o homem criou para cometer uma série de crimes.  O suspeito tinha vários perfis falsos nas redes sociais que usava para interagir com as vítimas. O homem escolhia as mulheres, desenvolvia conversa e, a certa altura, prometia pagar entre 800 a 2000 euros se lhe enviassem fotografias nuas ou de vídeos eróticos. Depois, Roney Schelb enviava comprovantes falsos da transferência bancária e quando as mulheres lhe enviavam os conteúdos pedidos, o homem os utilizava para as chantagear.

“Ele [Roney Schelb] utilizava as imagens para extorquir as vítimas, alegando que iria divulgar os conteúdos aos familiares, amigos ou no local de trabalho destas mulheres”, explicou Magno Machado Oliveira, um dos responsáveis pela investigação. As autoridades encontraram também na casa do líder religioso “contratos de escravidão consentida” assinados por vítimas. Nestes documentos, o alegado agressor estabelecia que as mulheres estavam obrigadas a fazer o que ele quisesse, sem limites, e que autorizavam agressões a qualquer momento. ”[Roney Schelb] foi um cidadão sádico, que praticou um grande número de crimes. Crimes contra a dignidade sexual das mulheres. Crimes contra a humanidade. Ele tornava mulheres em escravas, da forma mais cobarde e assustadora que já vimos notícias”, sublinhou ainda Magno Machado.

 


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