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Menino de nove anos morre ao tentar entrar nos EUA, afirmam autoridades de fronteira

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Uma criança de nove anos morreu ao tentar cruzar o Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em um momento em que o número de pessoas que tenta entrar em território americano de forma irregular vem aumentando a olhos vistos.

De acordo com o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), o menino foi encontrado no dia 20 de março, em uma das ilhas ao longo do rio, ao lado de uma mulher guatemalteca e um outro menino de três anos, todos inconscientes — os últimos dois sobreviveram. Nos últimos cinco meses, cerca de 500 pessoas foram resgatadas em situação de perigo ao tentar fazer a travessia.

Nos últimos anos, mudou o perfil dos imigrantes que tentam entrar de forma irregular nos EUA — ao invés de adultos que antes viajavam sozinhos, cada vez mais famílias e menores desacompanhados tentam fazer a jornada, que muitas vezes acaba de forma trágica. Na maior parte, eles são orientados a retornar ao México, mas algumas famílias e menores são admitidos nos já superlotados centros de acolhimento, em solo americano. Segundo o CBP, 5.156 menores estão sob sua custódia, enquanto quase 12 mil estão com o Departamento de Segurança Interna, depois responsável por reuní-los com parentes nos EUA.

Guerra política

A imigração foi um dos temas mais quentes da campanha presidencial do ano passado, e ainda é o palco de divergências extremas entre democratas e republicanos. Apesar da manutenção dos centros superlotados, Biden defende sua política de imigração, e esta semana deu apoio a um projeto de lei que abre caminho para a naturalização de cerca de 11 milhões de pessoas que vivem nos EUA de forma irregular, além de intensificar o número de asilos concedidos. O presidente ainda reconhece que o número de pessoas tentando cruzar a fronteira deve aumentar nos próximos meses

Nesta sexta-feira, dois grupos de parlamentares — um democrata e um republicano — foram a áreas de fronteira no Texas, onde expuseram suas narrativas sobre a crise que se desenrola na região. No grupo republicano, liderado pelo senador texano Ted Cruz, os congressistas fizeram uma viagem noturna pelo rio, onde afirmaram ter visto os “coiotes”, apontados como os responsáveis por algumas travessias, além de muitas pessoas aguardando nas duas margens. Em entrevista coletiva, Cruz defendeu a adoção de medidas mais estritas para controlar o número de imigrantes, acusando Biden de “tentar esconder a situação” na fronteira e nos centros de acolhimento.

Já a outra delegação, a democrata, visitou uma instalação para menores mantida pelo Departamento de Segurança Nacional, e acusou o governo Trump de criar a maior parte dos problemas enfrentados no setor. A deputada Ilhan Omar, ela mesma uma refugiada vinda da Somália que chegou aos EUA ainda criança, afirmou que a situação enfrentada pelos jovens  a faz lembrar da própria história. — Eu também fui uma menina que, como esses menores, fugiu de uma violência inconcebível, situações que, no conforto dos Estados Unidos, muitas vezes esquecemos de considerar — declarou. — Quando meu pai estava tomando a decisão de fugir de um conflito por mim, a decisão que ele estava tomando era a que me permitiria viver.


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