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Léa Campos: Orgulho Brasileiro

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A cientista e astrofísica Duilia Fernandes Mello começou a trabalhar na NASA aos 33 anos. Hoje ela está com 53 e tem ajudado em muitas coisas. Ela estava presente quando viram bolhas azuis, estrelas órfãs e sem galáxias, além de estar presente quando foi descoberta uma explosão que representa o estágio final da evolução de uma estrela, a que chamaram de supernova 1997-D. Hoje, Duilia trabalha no programado telescópio Hubble além de ser professora e vice-reitora da Universidade Católica de Washington nos Estados Unidos.

Recentemente, a Universidade de Columbia, também nos Estados Unidos, a nomeou como uma das 10 mulheres que transformaram o Brasil. Mesmo com sua atuação na terra do tio Sam, ela nasceu e foi criada no Brasil tendo se formado em astronomia na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1985 (UFRJ), e fez o mestrado no Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e o doutorado na Universidade de São Pulo (USP). Ela acredita que o Brasil está evoluindo nos estudos de astronomia. É bom enfatizar que ela foi responsável pela descoberta da Supernova 1997-D. Ela conta que a referida descoberta ocorreu em janeiro de 1997 enquanto observava imagens feitas pelo telescópio do Observatório do Sul (ESQ) no Observatório Interamericano Cerro Tololo no Chile. Duilia nao trabalhava na NASA naquela época, sua descoberta ocorreu enquanto analisava estrelas da galáxia NGC1536 quando percebeu que havia algo incomum. Naquele momento, a cientista descobriu a supernova.

“Ela tinha explodido há 53 milhões de anos-luz”, disse nossa astronauta. “Fui guiada por minha curiosidade, num campo com um conjunto de estrelas, vi que tinha uma a mais”. Sua equipe enviou uma carta para a União Astronômica Internacional (IAU) informando os detalhes da supernova. “A 1997 D é uma supernova peculiar, com no máximo 100 dias de formação, cujo espectro contém uma variedade de linhas sobrepostas em vermelho”, detalhava a carta. Naquele ano DuIlia começou a trabalhar na NASA e fez pós-doutorado no projeto do telescópio Hubble que era usado pelo diretor da NSA, Bob Williams, que descobriu o campo profundo de um trecho considerado “vazio” do espaço, mas que na verdade possuía mais de 3 mil galáxias. Como o pioneirismo é importante, para todos, em qualquer campo que mulher queira, ela pode ser vitoriosa, basta não desistir e como eu sempre digo, nunca jogar a toalha antes de subir no ringue. Somente os que se atrevem com seus sonhos conseguem triunfar. Duilia conquistou muita coisa, mas ela quer ir ainda mais alto. A cientista fala da importância das mulheres nessa área, pois até os dias de hoje é um dos setores onde os homens predominam. “A mulher não faz ciência igual ao homem, assim como a mulher não é igual ao homem. Costumo dizer: ‘siga o seu sonho, mas tenha o talento para isso”, finalizou.


Social Press . 2/4/2021

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