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Sem intimação, Cruzeiro não acompanha perícia médica de Dedé, e juiz determina remarcação

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A perícia médica determinada em juízo para comprovar a “capacidade laboral” de Dedé, no processo movido contra o Cruzeiro, será remarcada. O agendamento inicial foi feito para a última sexta-feira, mas o clube não foi notificado (e, portanto, não compareceu) e pediu a remarcação da perícia, anulando aquela realizada no fim da última semana. Requerimentos acatados pelo juiz Fábio Gonzaga de Carvalho, na manhã desta quarta-feira.

“Tendo em vista que a reclamada não foi intimada da data da realização da perícia, inviabilizando o acompanhamento da consulta médica pelos seus assistentes técnicos, torno sem efeito a diligência médica realizada no dia 23/04/2021”

Em manifestação efetuada na última segunda-feira, o Cruzeiro alega ter sido informado sobre a realização da perícia, na última sexta-feira, “de forma surpreendente”, por meio da mídia. Sem ter sido notificado, o clube considera que a validade da perícia realizada sem a presença das partes tornaria o processo nulo. A informação sobre a remarcação da perícia foi divulgada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo ge.

Na decisão desta quarta-feira, ainda não ficou definida a data da nova perícia. O juiz determinou a intimação das partes sobre a nulidade do exame da última sexta e solicitou que o novo procedimento seja comunicado com, no mínimo, dez dias de antecedência.

Dedé move cobra R$ 35 milhões do Cruzeiro na Justiça e não entra em campo desde outubro de 2019, quando lesionou o joelho no jogo contra o Corinthians, no Campeonato Brasileiro. Ele passou por cirurgia fora do clube celeste e está em fase final de recuperação, já se julgando apto a atuar novamente.

Em fevereiro, Dedé conseguiu uma liminar para rescindir o contrato com o Cruzeiro. No mês seguinte, o clube celeste teve acatado um mandato de segurança contra a decisão judicial, sob alegação de que o jogador estava em gozo de benefício previdenciário e com contrato de trabalho suspenso, em razão da incapacidade laborativa. Diante disso, o juiz solicitou a realização da perícia para comprovar o estado clínico do atleta.

A ação
Em meados de fevereiro, Dedé obteve, por meio de liminar, a rescisão do contrato de trabalho com o Cruzeiro, ficando livre para acertar com outro clube. Ele acionou o Raposa na Justiça do Trabalho alegando que está com 10 meses de salário em atraso “referente ao fraudulento contrato de cessão e uso de imagem” (R$ 300 mil mensais), além de seis meses sem receber de salários fixos na carteira (R$ 450 mil mensais) e mais quatro meses sem receber o depósito do FGTS.

Entretanto, posteriormente, o Cruzeiro conseguiu reverter a decisão. No processo movido por Dedé, a defesa do jogador ainda pede R$ 3,75 milhões por danos morais. Para isso, cita declarações de ex-dirigentes do clube para tentar comprovar que elas “só possuem o condão de jogar a torcida do Clube com o Atleta”. O valor total da causa é de R$ 35.258.058,64.

Dedé passou por cirurgia no joelho esquerdo no começo do ano passado, após tentar tratamento convencional desde outubro de 2019. O procedimento e a recuperação foram feitos de forma particular, fora da Toca da Raposa. Desde então, o jogador não atuou pelo Cruzeiro.


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