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Com baixa taxa de vacinação, EUA registram primeiro caso de paralisia infantil (polio) desde 2013

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As autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram, na semana passada, o primeiro caso de poliomielite, (também chamada de pólio ou de paralisia infantil), desde 2013 no país. Detalhes sobre o paciente ainda não foram divulgados, mas se sabe que ele não está mais transmissível e que não foi vacinado.

O primeiro caso em quase uma década foi identificado no condado de Rockland, no subúrbio da cidade de New York. Em comunicado, as autoridades não detalharam a idade do indivíduo ou seu histórico recente de viagens para fora do país, apenas que é um jovem adulto e que teria apresentado sintomas da doença, como a paralisia, e chegou a ser hospitalizado.

A ideia é que este seja um caso importado de pólio, já que o paciente não foi vacinado contra a doença. No entanto, ele teria sido exposto a um poliovírus de tipo 2 derivado de vacina oral que contém o vírus atenuado (enfraquecido, mas “vivo”). A fórmula não é usada nos EUA.

No Brasil, a vacina da gotinha é apenas utilizada em doses de reforço, o que impede o risco da criança e de outros adultos se infectarem com a versão atenuada do vírus. Isso porque eles já contam com a proteção induzida pela imunização.

Vale explicar que a pólio é uma doença contagiosa, causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus. A infecção pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia dos membros inferiores e o óbito. Este risco é maior em crianças com menos de cinco anos não vacinadas.

Apesar de existirem vacinas seguras e eficazes, a pólio permanece uma doença endêmica no Afeganistão e no Paquistão. Por causa das quedas globais nas taxas de vacinação, casos esporádicos da condição foram relatados em outras partes do mundo, como nos EUA.

No Brasil, os últimos anos marcaram uma queda na taxa de vacinação contra a poliomielite. O esquema vacinal completo é composto por cinco doses do imunizante — sendo três doses da fórmula inativada e duas doses da versão atenuada da vacina (gotinha).

Diante deste cenário, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz já alertam para o risco da volta da paralisia infantil no Brasil, já que um menor número de crianças são imunizadas contra este vírus, que pode ter consequências permanentes na vida do indivíduo. Desde 2015, o país não alcança a meta de imunizar 95% do público-alvo, composto basicamente por crianças. Este é o patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.


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