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Comitê da Câmara dos EUA lamenta veto à ida de Bolsonaro à posse de Trump

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O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, emitiu uma nota oficial lamentando a decisão que proibiu Jair Bolsonaro de participar da posse do presidente norte-americano eleito Donald Trump. A manifestação foi publicada na conta oficial do comitê no Twitter/X e assinada pelo presidente do colegiado, Brian Mast, republicano da Flórida.

“Jair Bolsonaro é um amigo da América e um patriota. Ele deveria ter permissão para comparecer à posse do presidente Trump”, afirmou Mast na publicação, demonstrando indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última quinta-feira (16) determinou que o ex-presidente brasileiro não pode deixar o país.

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A medida, tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, baseia-se em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e mantém o passaporte de Bolsonaro retido. O ex-presidente é investigado em diversos inquéritos no STF, incluindo uma suposta tentativa de golpe de Estado. Moraes justificou a decisão argumentando que “não há dúvidas” sobre a necessidade de manutenção das restrições, apontando para novos indícios contra Bolsonaro, apresentados em relatórios da Polícia Federal.

O documento da PF menciona o envolvimento do ex-presidente e outras 36 pessoas em um suposto plano de ruptura institucional. Moraes destacou ainda que Bolsonaro “continua dando indícios de que pode tentar fugir do país”, o que reforça a necessidade das medidas cautelares. A decisão gerou forte reação entre políticos norte-americanos alinhados a Bolsonaro, que consideraram a proibição uma afronta às relações entre os dois países. Ainda assim, a decisão brasileira permanece inalterada, mesmo após a defesa do ex-presidente ter recorrido ao STF na tentativa de revogar a medida. A posse de Donald Trump está marcada para esta segunda-feira (20), mas Bolsonaro, diante das restrições impostas, não estará presente.


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