Em mais um desdobramento do caso envolvendo brasileiros envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a mineira Rosana Maciel Gomes, 52 anos, foi trazida de volta ao Brasil em um voo de deportação operado pelas autoridades norte-americanas. O retorno ocorreu na última semana, em um avião que transportava dezenas de cidadãos brasileiros expulsos dos Estados Unidos por violação da legislação migratória.
Rosana foi encaminhada diretamente para Belo Horizonte, onde deve passar por procedimentos legais relacionados ao seu envolvimento nos ataques ao poder democrático no Brasil.
Enquanto isso, outra foragida do mesmo grupo, Raquel de Souza Lopes, 52 anos, natural de Joinville (SC), permanece detida nos EUA à espera da deportação. Segundo apurado pelo Brazilian Press, Raquel foi a primeira brasileira do grupo a entrar ilegalmente nos Estados Unidos, em 12 de janeiro de 2025, um dia após a posse de Donald Trump. Ela foi interceptada pela Patrulha de Fronteira ainda naquele dia e encaminhada ao centro de detenção El Valle, localizado em Raymondville, Texas.
Raquel chegou a solicitar asilo político alegando perseguição política no Brasil, mas o pedido foi rejeitado pelas autoridades migratórias americanas. Em julho deste ano, ela recorreu da decisão, mas, diante da gravidade dos fatos investigados no Brasil e da pressão diplomática, o processo de deportação ganhou celeridade. Atualmente, ela está sob custódia da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE), em uma cela específica para estrangeiros com pendências legais. Informações indicam que a catarinense pode ser deportada nas próximas semanas, assim que os trâmites burocráticos forem concluídos. O Ministério da Justiça brasileiro já foi notificado sobre a iminente chegada de novos deportados ligados aos eventos de janeiro e prepara ações de acompanhamento jurídico e segurança. A volta de foragidos como Rosana Maciel reforça o esforço conjunto entre os governos brasileiro e norte-americano para responsabilizar indivíduos envolvidos em tentativas de desestabilização institucional. A Polícia Federal segue com investigações abertas e aguarda o retorno de outros suspeitos ainda no exterior.
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