O governo dos Estados Unidos tomou uma medida rara e simbólica neste fim de semana ao anunciar a revogação do visto de um cidadão brasileiro que, segundo apurado pelo Brazilian Press, fez comentários nas redes sociais celebrando o assassinato do ativista norte-americano Charlie Kirk. A decisão foi comunicada diretamente pelo vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, que classificou a postagem como “um dos conteúdos mais perturbadores” já vistos em plataformas digitais.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Landau afirmou ter conversado pessoalmente com o chefe do Departamento Consular do Departamento de Estado para garantir que o visto do brasileiro fosse cancelado — caso existente — e que fosse impedido de solicitar um novo no futuro. “Não há espaço nos Estados Unidos para quem glorifica violência política ou incita ódio”, escreveu.

O alvo da ação é Ricardo Barbosa, médico neurocirurgião de Pernambuco, cujo comentário — agora removido das redes — chamou a atenção por sua frieza técnica e conteúdo violento. Após o assassinato de Kirk durante um evento na Utah Valley University, Barbosa teria escrito: “Um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical”. A frase faz referência direta à localização do tiro que matou o ativista conservador, destacando com precisão médica a região atingida.
Segundo apurado pelo Brazilian Press, o perfil do médico nas redes sociais exibe diversas fotos em que aparece vestindo camisetas com símbolos de movimentos de esquerda e partidos políticos brasileiros, o que intensificou o debate sobre radicalização política e ética profissional.
Landau não poupou críticas. “Este é um NEUROCIRURGIÃO. Alguém que jurou salvar vidas, não celebrar mortes com detalhes clínicos. Como ele pode ter feito o Juramento de Hipócrates e depois postar algo tão desumanizador?”, questionou em seu pronunciamento.
Paralelamente, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) confirmou ao Brazilian Press que instaurou um processo administrativo para investigar a conduta ética do profissional. A entidade analisa se o conteúdo publicado fere princípios do código de ética médica, especialmente no que diz respeito à dignidade da profissão e ao dever de promover a vida.
Apesar de o Brasil não ter jurisdição sobre decisões de vistos americanos, o caso ganhou repercussão nacional e reacendeu discussões sobre liberdade de expressão, responsabilidade digital e os limites do discurso político nas redes sociais. Enquanto isso, autoridades dos EUA reforçam que a segurança pública e a integridade dos valores democráticos estão acima de qualquer forma de apologia à violência — mesmo quando expressa por estrangeiros fora do território norte-americano.














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