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Brasileiro recém deportado dos EUA é encontrado após fuga de unidade de saúde em Belo Horizonte-MG

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O brasileiro Iago Queiroz Costa, de 32 anos, desaparecido desde a madrugada de sábado (25) após fugir de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi localizado por volta das 7h45 deste domingo (26) na Estação Pampulha, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que coordena o atendimento a deportados no país.

Segundo apurado pelo Brazilian Press, Iago, que havia sido deportado dos Estados Unidos após 75 dias detido em prisões norte-americanas — incluindo uma unidade com histórico de denúncias de violações de direitos humanos —, desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins na última quarta-feira (22). Logo após a chegada, apresentava sinais de surto psicótico e delírios, segundo relato do próprio ministério, mas foi considerado sem risco imediato à própria integridade ou à de terceiros.

Na quinta-feira (23), diante da necessidade de estabilização clínica, foi encaminhado à UPA de Vespasiano. No entanto, na madrugada de sábado, deixou o local sem autorização médica. O MDHC afirmou ter tomado conhecimento da fuga apenas às 12h20 do mesmo dia, quando acionou a Polícia Civil para priorizar as buscas.

O desfecho do caso veio quando Iago, ainda na manhã de domingo, pediu um telefone emprestado no terminal da Estação Pampulha e ligou para o próprio irmão, informando sua localização e solicitando que fosse buscado. A família, então, entrou em contato com as autoridades, que enviaram uma equipe ao local. Ele foi levado diretamente a um hospital para nova avaliação médica.

Brasileiro deportado dos EUA desaparece após fugir de UPA em Minas Gerais | CNN Brasil

Apesar da versão oficial de que Iago teria se recusado a fornecer contatos familiares — tanto no aeroporto quanto na UPA —, seus parentes contestam essa narrativa. Em entrevista ao Brazilian Press, uma tia do deportado afirmou que a família não foi avisada sobre o estado de saúde dele nem sobre sua internação, apesar de terem alertado previamente sobre sua condição mental fragilizada.

“Reconhecemos que o programa do MDHC é essencial para quem chega deportado. Só quem sabe o que está passando, a angústia da deportação e a falta de informação, é a família. No caso do Iago, erraram. Ele chegou em surto, 75 dias preso, passou por cinco prisões, uma delas com alto índice de denúncias de violação dos direitos humanos. E ele ficou exposto e fragilizado”, disse. O MDHC reforçou, em nota, que “o contato com a família somente é feito com o consentimento explícito da pessoa, salvo em casos de proteção da vida ou integridade física de terceiros”. Contudo, a família insiste que a omissão no repasse de informações agravou a crise enfrentada por Iago, cuja saúde mental já estava comprometida antes mesmo do retorno ao Brasil. O caso reacende o debate sobre os protocolos de acolhimento a deportados com transtornos psiquiátricos e a necessidade de maior integração entre órgãos federais, equipes de saúde e familiares nesses momentos críticos de reintegração.


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