Em novembro do ano passado, falamos sobre Juliana Davoglio Estradioto, estudante gaúcha, desenvolveu um plástico feito com casca de maracujá, que ganhou o Prêmio Jovem Cientista 2018, na categoria Ensino Médio.
O objetivo da pesquisa da aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) era encontrar um substituto para as tradicionais embalagens de mudas de plantas, que geram alta quantidade de resíduos na agricultura.
A jovem, que pretende cursar Engenharia Química, teve seu projeto do plástico biodegradável reconhecido em outros lugares. Ela conquistou o Agência USP de Inovação, na 15ª FEBRACE e a medalha de ouro no Genius Olympiad 2018, na Universidade Estadual de New York.
E agora, graças a um novo projeto e um novo prêmio ganho devido a ele, Juliana foi convidada a assistir à cerimônia da entrega do Nobel, na capital da Suécia, e representar o Brasil no Stockholm International Youth Science Seminar, evento que reúne, anualmente, os 25 mais promissores jovens cientistas do mundo, que têm entre 18 e 25 anos.
“Meu novo trabalho de pesquisa ganhou 1º lugar em ‘Gerenciamento do Meio Ambiente’, em uma Feira Internacional de Ciência e Tecnologia, que acontece em Novo Hamburgo, RS”, conta. “Recebi ainda o prêmio ‘Destaque’, que é justamente quem seleciona para a participação do seminário na Suécia”.
Ao lado de outros jovens cientistas, a gaúcha fará parte de um programa exclusivo de Ciência e Cultura na semana da solenidade do Prêmio Nobel, em dezembro, quando terá oportunidade de conhecer os laureados, participar do jantar Nobel Banquet com eles e ainda visitar as empresas de ciência e tecnologia suecas. “Durante a semana, nós também apresentaremos nossas pesquisas para alunos suecos do ensino médio e universitário”, diz.
Outros quatro brasileiros já tinham sido convidados a participar do seminário internacional, mas todos eram homens. Juliana será a primeira cientista (mulher) do Brasil.
A nova pesquisa que rendeu a ela essa oportunidade incrível é sobre o reaproveitamento da casca da noz macadâmia, como substrato para microorganismos, como ela explicou ao Conexão Planeta. “Esses microorganismos tecem então fios de celulose, que se juntam e formam uma biomembrana. É um material biocompatível, sendo que a aplicação mais ‘show’ que eu acho é como um curativo para peles queimadas, porque ela realmente substitui e ajuda a regenerar”.
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